Pró-democratas dizem ter atingido objectivo de expor o que dizem ser a agenda política escondida no concerto no praia de Hac Sa.
Iris Lei
O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, a entidade organizadora do concerto agendado para o Primeiro de Maio na praia de Hac Sa, “lamenta” a decisão dos cantores de Hong Kong de cancelarem a participação no evento de entrada livre. A posição foi divulgada ontem em comunicado de imprensa.
A polémica que está a anteceder o Dia do Trabalhador foi levantada pela publicação da Associação Novo Macau, a Macau Concealer, que pediu um comentário ao manager de um dos artistas, com “consciência política”, em relação ao facto de o campo pró-democracia entender que o concerto está a ser usado para desviar as atenções das manifestações do Primeiro de Maio, diz Chui Chi Chio, vice-presidente da Macau Concealer.
Com a desistência de nove cantores e bandas do concerto, Chui diz que “o objectivo foi atingido”. “Só queremos revelar a agenda política do Governo que está por detrás deste evento (...). Apesar de os [cantores] mais óbvios terem desistido, o Governo está bem preparado”, refere.
O IACM diz que os espectáculos de palco fazem parte “de uma série de actividades” e esclarece que o evento é organizado desde 1993, para assinalar o início da época balnear. O programa inclui esculturas na areia, mas há também bancas para promover a educação cívica.
Ho Sut Heng, presidente da Associação Geral dos Operários de Macau, nega a existência de qualquer propósito político no concerto e fala em “diversificação”. Há um subgrupo da organização que pondera manifestar-se no Dia do Trabalhador, mas irá também participar na tradicional festa da organização pró-Pequim.
Os Kai Fong, entre os co-organizadores do evento em Hac Sa, dizem que o evento é como qualquer outra festividade. “Teríamos talvez mais espectáculos deste tipo, se [pudéssemos] manter a estabilidade com um concerto”, remata Io Hong Meng, presidente.
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quinta-feira, 24 de abril de 2014
Notícias de Macau - Actualidade
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