O Presidente da República, Cavaco Silva, esperado Macau no sábado, é um dos raros políticos europeus no activo que se encontrou com Deng Xiaoping, o "arquiteto-chefe das reformas" que transformaram a China na segunda economia mundial.
O encontro ocorreu em Abril de 1987, quando o então primeiro-ministro português assinou em Pequim a Declaração Conjunta sobre Macau.
Presidente da Comissão Militar Central, Deng Xiaoping tinha mais poder do que o homólogo de Cavaco Silva, Zhao Ziyang, e do que o próprio secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Hu Yaobang.
Sob a sua liderança, a República Popular da China abriu-se à iniciativa privada e ao investimento.
"Era visível que ele era o homem forte da hierarquia chinesa", recordaria mais tarde Cavaco Silva. "Na sua pequena estatura, vestido de cinzento à Mao, sobressaía um olhar vivo e astuto e um sorriso malandro".
Deng já tinha 83 anos, mas "o raciocínio era fluído e claro e evidenciava uma convicção própria de um jovem politico", escreveu o Presidente português na sua "Autobiografia Política" (2002).
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