sábado, 7 de maio de 2011

Estradas ou o resto?

Tudo é do Estado ("explicam"-me que sou Estado), mas, no fundo, sou uma espécie de súbdito para que determinados tipos, devidamente orquestrados, convocam assembleias manipuladas em devido tempo, com agendas que ninguém sabe donde vêm, que decidem o que, nos bastidores, já estava acordado. Não há ricos, diz-se, mas há muitos pobres, ou todos são pobretes mas alegretes, como em Cuba.

 Em regra, elegem um inimigo, de preferência, com liberdade de escolha e levam a vida à procura das situações negativas limite para as transformar no cartaz que tenta justificar o Estado todo poderoso e policialmente protegido até às orelhas. A certa altura, de tal maneira está instalada a felicidade terrena que é como se fosse pecado dizer mal dela em público. E surge o silêncio mentiroso. "Santificada", tem uma espécie de papa laico, que se eterniza no poder, a que chama democrático.

O contrário disto é, não raro, o poder de quem tem mais dinheiro e domina, interna e internacionalmente, o chão onde vive, diz, em democracia - com as legitimações que vai conseguindo com alguns gestos para "inglês ver"...

Fora disto, em "tese" apressada, diria, temos a eleição séria e livre, com toda a gente a poder expressar-se sem ter que dizer a ninguém o que faz ou deixa de fazer ... E depois existe a necessidade de manter quem manda em pressão permanente através de poderes que, até determinado nível, não devem ser nomeados, mas eleitos. E (IMPORTANTÍSSIMO!) tem que haver uma regular, pública e exaustiva fiscalização dos actos praticados em tudo: na gestão dos dinheiros, na administração da justiça, etc, etc. Aqui estamos: se não prestar, RUA! RUA, mesmo.

O presidente brasileiro Washington Luís resumia a sua plataforma de governo a uma única frase "governar é abrir estradas".

Não, não e não! Queremos equilíbrio, queremos seriedade, queremos prestação regular e pública de contas. E pormenorizada.

Em Portugal. AGORA. E não se fala mais nisso.Que, pelo meu lado, prefiro outras conversas... Depois de dezenas de anos de trabalho, como muitos outros milhões de cidadãos no mundo que querem viver em paz.

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