domingo, 12 de maio de 2013

Avé Maria no adro











Do tempo em que a barba era uma hipótese e a vontade era, parcialmente, dos outros, não guardo nenhuma  recordação negativa nas relações que fui estabelecendo com a Santa Madre Igreja (não guardo, nem tenho, nomeadamente, nesta espécie de confessionário contemporâneo que pode ser um computador ...). Pelo contrário, estou aqui, na rua, sem missa, mas com um "missal". E lembro-me, para além do sim voluntário a muitos dos ritos católicos que me foram sendo sugeridos, várias idas a missas fora de portas, não pelas missas em si, mas por um certo "clima" de entrega interior à ...à serenidade, à introspecção.

Observei há pouco imagens que antecipam o 13 de Maio na Cova de Iria e não posso deixar de, com ou sem fé, sublinhar que, se não houver divino nas cerimónias de amanhã, no clima criado, haverá, descontados os excursionistas e mais uns quantos, um recolhimento tal que, por si só, tornará, por instantes que seja, os homens diferentes, bem diferentes. E nessa diferença, estará TUDO, tudo o que pode não haver em muitas léguas em redor, no Portugal sofredor.

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