domingo, 16 de março de 2014

Entrevista para a Rádio Macau (I)



                                            1998 - Entrevista para a RÁDIO MACAU
                   (4ª visita ao território, ao tempo, ainda com soberania portuguesa)
                                                                             
                                                                                  I

- Fale-me da sua experiência de calcorrear o mundo para conhecer a presença portuguesa ...

- É uma paixão! No final da década de 70, comecei a interessar-me pelo tema comunidades portuguesas, que nunca mais deixei. Tanto assim que, de repente, achei-me a dar uma volta ao mundo, mas também, à medida que avançava, a perceber que tinha iniciado uma tarefa quase impossível pela dispersão em que se traduz a nossa capacidade de nos "misturamos", nos adaptarmos às condições mais díspares. Se quiser, a história da minha presença junto das comunidades portuguesas é, simultâneamente, também a história do impossível ...

- Mas "deu" livro ...

- Deu o livro possível com o dinheiro que havia ... Com o tipo de letra possível para o limite de páginas (500 no formato A5) para que davam os apoios recebidos - sem pensar uma única vez em qualquer finalidade comercial: paixão é paixão! E assim foi. É, eventualmente, um documento, mas também nunca pretendeu ser outra coisa ...

- A sua presença agora, aqui, em Macau, também tem a ver com uma eventual publicação na mesma linha?...

- É evidente. De facto, esta vinda a Macau insere-se num "pacote" que inclui a Austrália, onde nunca estive e há muitos compatriotas nossos ... É um projecto que tem andado em "gestação" ao longo dos últimos dois anos. Desta vez, sem o apoio logistico (sou apenas coordenador de uma revista técnico-pedagógica), nomeadamente, do papel timbrado dos jornais, mas, felizmente, com a confiança de muita gente. Comecei pela Associação das Mulheres Migrantes, cuja presidente me disse: "faça que nós publicaremos o que fizer ..." Foi como que o tiro de partida. Depois, depois recebi também o apoio da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, da Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, da Câmara Municipal de Loures, do Banco Português do Atlântico ... De uma série de boas vontades que fizeram com que estivesse hoje aqui, e a partir de amanhã, a caminho da Austrália.(...)"



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