terça-feira, 25 de março de 2014

Notícias de Macau - Actualidade


Corrupção no Continente não compromete Macau

 by Ponto Final
O último estudo sobre a percepção da corrupção indica que os empresários vêem os problemas do Continente como uma vantagem para os negócios na região.
Maria Caetano
O último relatório sobre a percepção da corrupção em Macau, da consultora Political & Economic Risk Consultancy (PERC, na sigla inglesa), admite a hipótese de o fenómeno de corrupção no interior da China ser visto como favorável aos negócios empreendidos na região administrativa especial. A leitura é feita por Bob Broadfoot, autor do estudo anual, que entende que a hipótese não compromete, ainda assim, a integridade local.
A PERC, com sede em Hong Kong, avalia a percepção de empresários expatriados na Ásia sobre as práticas de corrupção nos territórios onde estão inseridos. No relatório deste ano, a RAEM mantém um sexta posição na tabela das regiões vistas como menos corruptas, liderada por Singapura, seguida de Japão, Austrália, Hong Kong e Estados Unidos. A China Continental está na 10ª posição, em 16 países e regiões avaliados.
“Há problemas em Macau, mas não tão graves como em outros locais da região. Macau está de alguma forma no grupo positivo do ranking. Não é óptimo, mas há progressos na forma como se tem lidado internamente com o problema da corrupção”, assinala Broadfoot. Reflexo destes progressos, os sujeitos da amostra do estudo dão 3.65 pontos a Macau numa escala de zero a 10, numa avaliação global. O território mantém a posição, mas melhora face aos 4.23 por pontos médios atribuídos no estudo divulgado no ano anterior.
A mesma pontuação é atribuída pelos empresários entrevistados quando a questão é a de saber em que medida as práticas de corrupção são prejudiciais ao ambiente de negócio – zero significa influência alguma e 10 um grande factor de perturbação. A resposta do estudo leva Bob Broadfoot a admitir duas hipótese: o nível de corrupção é baixo ou a corrupção é entendida como favorável ao desenvolvimento dos negócios. O autor inclina-se para a segunda.
“Os indivíduos desta amostra, expatriados dos sectores hoteleiros e de serviços, da construção, vêem sobretudo o negócio originário do Continente – mais que Hong Kong ou Singapura, que têm relações económicas mais alargadas. Há mais probabilidade de as pessoas com quem falamos pensarem que beneficiam dos problemas do Continente. Na Coreia do Sul ou no Japão não pensariam imediatamente assim, ao contrário de Macau”, diz.
Para Broadfoot, porém, “Macau não deve sentir-se culpada”. “Deve reconhecer que se trata de uma situação algo paradoxal. Mas não julgo que comprometa de forma alguma a integridade de Macau”, defende.
Ponto Final | Março 25, 2014 às 10:45 am | Categorias: Uncategorized | URL: http://wp.me/pu3KH-7Ge
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