domingo, 23 de março de 2014

Palavras ditas na lusa Constituinte (4)












O Sr. Medeiros Ferreira (PS) - "(...) eu sou um leitor de jornais realmente sistemático, e tenho reparado na habilidade e na carreira que alguns jornalistas tentam fazer à custa da ironia ou do ataque a esta Assembleia, porque as pessoas sentem os ventos e pensam que assim poderão, enfim, manter a segurança do emprego. No entanto, eu, por exemplo, hoje tive ocasião de ler aqui n'O Século a seguinte peça literária assinada por Carlos Coutinho, que se me dão licença - é rápido - e diz respeito ao facto de o povo português não poder ajuizar dos actos porque está a ser mal informado. Diz o articulista, após várias considerações sobre a maneira como alguns oradores se pronunciaram: "A agilidade até ao momento demonstrada pela Assembleia tornou-se notável e mais evidente no fim da sessão. Enquanto o diabo esfrega um olho, ou seja, em pouco mais de uma hora (ele deve ser versado, portanto, em questões diabólicas (risos) dez artigos foram submetidos a retoque, voto e aprovação. O quarto, o quinto e o sexto nem sequer encontraram quem os quisesse discutir". Etc. "Coisas como estrutura, função, competência interna, plano de elaboração e duração da Assembleia, já estão aviadas. Natureza do mandato, poderes, incompatibilidades, direito a emprego permanente, imunidades, regalias e direitos dos deputados são também questões assentes. Logo há mais e começa às 15 horas, como é costume."

Este é o tom, e aliás há aqui contradição entre dois órgãos de informação do Estado que até demonstraram o pluralismo (risos): é que no título de O Século diz-se "Dez minutos de zanga e dez artigos aprovados", Entretanto, o Diário de Notícias, não percebeu bem e ainda estando obsecado com o problema da batalha da produção (risos) disse: "Sessão acidentada e pouco produtiva", ou seja nós estamos a ficar atrasados. Há aqui evidentemente uma incompatibilidade entre a apreciação mais que subjectiva dos jornalistas."

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