segunda-feira, 15 de junho de 2015

As uniões de facto na civilização não tribal

Não é o assunto mais grato a qualquer pai, avô, bisavô, tio ou simples amigo: é moderno e inconsciente o que se está a passar em muitas famílias, não sei se só portuguesas, mas, permita-se a generalização: NA FAMÍLIA - onde quer viva em regime não tribal.

Os jovens, alguns, no uso do que pensam, auto-determinam, ser a LIBERDADE, esquecem o casamento (católico ou de outra confissão religiosa), esquecem o que os códigos dizem em relação à vida em comum e lançam-se na aventura do que apelidam de amor, sem pensar que o durável tem regras que a sociedade amadureceu e assumem a irresponsabilidade do NADA, a que chamam amor (de trazer por casa, apetece escrever ...), que, na primeira emergência, por falta da solidez mínima que, apesar de tudo, os códigos mostram, revelam a irresponsabilidade, de que nem tem, nos códigos mais pataqueiros, nome que se lhe chame - para uso corrente ... e RESPONSÁVEL. É o "chacun a sa biche et les autres que de lixe ..."

O que, na prática, acontece é o recurso aos até então não solicitados, que, por verdadeiras razões de afecto, são chamados (e respondem) em nome das cédulas pessoais que atestam responsabilidades assumidas por razões sanguineas - essas sim, sem necessidade de idas ao notário ou a qualquer outro registo.

Há cada vez mais, na hora da verdade, uma espécie de lavar as mãos como Pilatos: eu não te sou nada (não se diz, mas pensa-se, mesmo que lá muito no fundo...)...

Unem-se os fatos, esquecem-se os factos. A "velhada" que aguente ... A liberdade fica, então, refém da irresponsabilidade.

Podia, ao menos, ter-se pensado em Santo António e fazer-se uma espécie de casamento em que houvesse prendas, mas, a verdade, é que estamos cada vez mais a viver a irresponsabilidade, disfarçada de amor, onde cada um, em momentos difíceis, é forçado a governar-se ... Haja o que houver.

Na convicção de que, em caso de aperto, há sempre alguém do mesmo sangue que aparece, quanto mais não seja, por isso mesmo ... Quando não para salvar economias, para salvar o nome, o sangue, a honra do que para trás possa ter ficado.

E assim vamos. Com frequentes queixas dos governos que nos governam - e a quem chamamos os nomes mais estranhos HAJA O QUE HOUVER no passado de cada um dos cidadãos ditos livres, mas em aflição pessoal latente - por razões não políticas. Mas, de algum modo, de ordem jurídica. MORAL, quase sempre.
Na base de quem vier atrás que feche a porta.

Desculpem, mas ando a ler muito a contemporânea impressa escrita. A latina, em particular. Que a tribal toda a gente conhece ou imagina ...

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