quinta-feira, 11 de junho de 2015

MACAU -10 de Junho, celebrações oficiais



by Ponto Final
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            Na Gruta de Camões

"As cerimónias do hastear da bandeira e de deposição de flores na Gruta de Camões contaram com as habituais figuras da comunidade. Os conselheiros das comunidades portuguesas estiveram ausentes.
Mais um 10 de Junho assinalado na RAEM e este ano com novidades. A banda do Corpo de Polícia de Segurança Pública esteve presente na cerimónia do hastear da bandeira portuguesa para tocar ao vivo “A Portuguesa”, apontamento que o cônsul-geral de Portugal na RAEM, Vítor Sereno, fez questão de sublinhar: “Tenho, pela primeira vez em 15 anos, o hino nacional tocado ao vivo. Estou muito grato ao secretário para a Segurança e ao comandante da PSP por este gesto de cortesia e de boa vontade que evidencia o nível de excelência que a RAEM tem com Portugal”, reconhece.
A “felicidade” confessada pelo cônsul-geral passava também pelo simples facto de se assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, “dia de congregação e agregação”.
Neste 10 de Junho, marcaram presença figuras bem conhecidas da comunidade, bem como elementos do Grupo de Escuteiros Lusófonos de Macau, da Escola Portuguesa e da Escola Luso-Chinesa da Flora.
No entanto, foi notada a ausência dos conselheiros das comunidades portuguesas no hastear da bandeira e na gruta de Camões. Fernando Gomes, Armando de Jesus e Pereira Coutinho, bem como Rita Santos, não marcaram presença nas cerimónias.
O PONTO FINAL contactou Rita Santos, que se furtou a explicações. Já Pereira Coutinho, garantiu que o horário das cerimónias não era compatível com a sua agenda, mas prometeu estar presente na recepção à comunidade no final da tarde na residência consular da Bela Vista. O deputado e conselheiro das comunidades acabou por cumprir com a promessa.
Vítor Sereno e o secretário de Estado da Justiça português, António Costa Moura, presidiram às cerimónias, que começaram sob calor intenso e acabaram à chuva.
Sobre o pulsar da comunidade à passagem de mais um 10 de Junho, Vítor Sereno acredita que “as pessoas já aprenderam a contar com o cônsul-geral e com o consulado-geral, como factor de agregação de todos os portugueses. Esta é uma casa de Portugal e uma casa de porta aberta para todos os portugueses”, garante.
O Cônsul Geral de Portugal em Macau e Hong Kong disse ainda estar “satisfeito por Portugal ter enviado um seu representante de alto nível para as comemorações”, gesto que considera bem significativo da “importância que a RAEM tem e da relação de excelência com a República Popular da China”.
O secretário de Estado português encontra-se hoje com a sua homóloga Sónia Chan, mas Vítor Sereno garante que se trata de uma reunião de cortesia: “Não há uma agenda pré-definida. Pedimos esta visita de cortesia e haverá dois ou três temas em cima da mesa, mas que, para já, não são públicos”, sustenta.
António Costa Moura também falou aos jornalistas, referindo que os objectivos da visita a Macau e dos encontros agendados são “muito simples” e têm por base “um legado histórico que todos conhecemos e partilhamos, e numa actualidade de relações excelentes” entre Portugal e a RAEM.
Quanto ao encontro com Sónia Chan, adiantou apenas que serão discutidos “temas omnipresentes”. Sobre a mesa deverão estar questões como “o regime da adopção e extradição de pessoas condenadas”. António Costa Moura quer ainda “estudar a possibilidade de aprofundamento e celebração de protocolos noutras áreas de cooperação”.
O governante acredita que a construção de sinergias possa conduzir a “um melhor clima de trabalho para os cidadãos e para as empresas de Portugal e da RAEM”. O Governante considera os contactos que vai desenvolver “de crucial importância para o relacionamento bilateral”.
Costa Moura define Macau como “um elemento incontornável na projecção das relações externas de Portugal”. Na área específica da justiça, diz, a RAEM é uma “plataforma de cooperação de importância iniludível” e de “valor acrescentado”.




Na residência do Cônsul-geral de Portugal

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A residência do Cônsul-geral de Portugal encheu-se na noite de ontem. Cinco representantes do Governo da RAEM participaram na comemoração que pretendia contribuir para estreitar as relações entre as comunidades portuguesa e chinesa.
Catarina Mesquita
Sónia Chan, secretária para a Administração e Justiça, representou o Chefe do Executivo da RAEM, em férias, na recepção à comunidade portuguesa no Bela Vista. No seu discurso, Chan assinalou os esforços da comunidade portuguesa para tornar Macau uma região de maior influência internacional.
“O Governo da RAEM continuará empenhado na promoção do desenvolvimento dos empreendimentos dos países de língua portuguesa em Macau e no Interior da China e em incrementar a cooperação com estes”, declarou ontem Sónia Chan, na residência oficial do Cônsul-geral de Portugal em Macau.
Ao longo do seu discurso, a governante recordou a importância do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, “que tem servido com plataforma entre os países de língua portuguesa e a China”.
No evento também estiveram presentes os secretários Alexis Tam, dos Assuntos Sociais e Cultura; Wong Sio Chak, da Segurança; Leonel Leong, da Economia e Finanças; e Raimundo do Rosário, dos Transportes e Obras Públicas.
Para o Cônsul-geral de Portugal em Macau, Vítor Sereno, a grande afluência da comunidade portuguesa na festa foi motivo de satisfação. “Os cidadãos anónimos, as instituições portuguesas na região e os conselheiros das comunidades portuguesas têm permitido que esta comunidade tenha prestígio”, assinalou.
Vítor Sereno, defende que a comunidade tem um papel importante na divulgação do melhor que Portugal tem para oferecer na sua perspectiva: a “modernidade”.
O Cônsul parafraseou o presidente americano John F. Kennedy, observando que num momento em que Portugal atravessa uma crise, os cidadãos portugueses “não devem perguntar o que o país pode fazer por nós, mas antes perguntar o que podemos fazer pelo nosso país”.
Sereno destacou ainda que o Consulado Geral de Portugal ajudará “o Governo a promover Macau como a nova capital do lazer, a ser a nova capital do turismo, da cultura e dos eventos”.
Na recepção no Bela Vista esteve o secretário de Estado da Justiça de Portugal, António Costa Moura. No seu discurso, Moura elogiou “o bom trabalho dos portugueses nas áreas dos serviços prisionais, de formação dos magistrados, segurança pública e no cumprimento escrupuloso dos dois acordos de cooperação celebrados no âmbito jurídico e judiciário”. Sónia Chan e Costa Moura encontram-se hoje.
A residência do Cônsul-geral de Portugal ficou repleta pela comunidade portuguesa e por convidados que assinalaram o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Caixilho:
“O Dia de Portugal celebra-se mais lá fora do que dentro de Portugal”
O presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, afirma que as celebrações do Dia de Portugal se fazem sentir “mais lá fora do que dentro de Portugal”.
Fernando Gomes, que não esteve presente nas cerimónias oficiais que marcaram a manhã de ontem por “motivos profissionais”, elogia, porém, os eventos promovidos em Macau, “que aproximam as comunidades”.
A falta de representação do Conselho das Comunidades Portuguesas - por Fernando Gomes ou pelos conselheiros José Pereira Coutinho ou Rita Santos – deveu-se, nas palavras de Fernando Gomes, a “uma coincidência de incompatibilidades”. “A vontade dos conselheiros esteve lá na gruta”, remata o presidente do conselho.
Fernando Gomes, que falava aos jornalistas à margem da recepção oficial das comunidades portuguesas, defendeu ainda que a comunidade em Macau “está unida” e que não sente qualquer tipo de individualismo, como apontado recentemente pela presidente da Casa de Portugal, Amélia António. “Se há separação é por uma questão de dispersão na cidade, mas enquanto comunidade eu não sinto que estejamos desunidos”, sublinha.

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