sexta-feira, 27 de maio de 2011

Esta comunicação massificada que temos ...




















Não vou dizer quem, nem quantas vezes, nem quando, nem a propósito de quê, nem qual das vias postas ao dispor pelas chamadas Novas Tecnologias me "provocou", mas ... mas que "isto" está a precisar de um qualquer novo Charlie Chaplin, está.


Temos blogues aos milhares (milhões?...), temos os respeitáveis Amigos de carne e osso que, em princípio, já tínhamos, mas logo em cima deles, a pretexto da apressada vida moderna, aparecem os Facebooks e outros que tais que, numa parte dos casos, simulam fraternidades...


Entretanto, sente-se, o mundo não melhorou: continuam as confusões, as ameaças de guerra mudaram de estilo mas permanecem (se é que não aumentaram...); a miséria física continua, a miséria cultural persiste, os jogos financeiros refinaram  métodos (para pior), as associações de solidariedade social, onde tinham gente necessitada, passaram a ter clientes, mas continuam a viver "à rasca"; onde havia uma fisga, há agora uma arma que, em vez de matar um de cada vez, faz logo isso por junto... Em resumo, temos "isto", a INTERNET, mas cada vez nos sentimos mais a viver "no arame"...


Numa palavra, o que continua a faltar é CORAÇÃO. Alma, Internet, com certeza, mas calor, calor humano. E não o refinamento desta conversa que me sublinharam, há uns 30 anos, em Estocolmo, na civilizada, diz-se, Suécia:


"- Olha vai ali adiante o teu irmão, que não vez há um bom par de anos...
- Não te preocupes, telefonamo-nos todos os dias..."


Estamos pior do que há trinta anos. Embora haja o Skype e sucedâneos. Fora o que não sei e é da electrónica, de certeza.


Ganhámos, eventualmente, a "presença" dos que, estando longe, nunca conseguiriam estar perto ... Certo. Mas o mundo melhorou? Há menos doentes do foro psiquiátrico, por exemplo. Há menos guerras? Menos fome? Menos desavenças familiares? Há quantos anos Portugal não vivia com tantas dificuldades?...


O que acho é que tudo aumentou, excepto a GRANDEZA HUMANA. Que finge, finge - como eu que insisto em vir para aqui dizer coisas, como se toda a gente estivesse a ler-me.


Tudo, ou quase, é virtual. E do virtual nos alimentamos, na ESPERANÇA, na ESPERANÇA de que nos oiçam, nos leiam, nos vejam, nos AMEM.


Regressa, regressa meu querido Charlot! Depressa, depressa antes que o mundo comece a fingir, ainda mais do que agora, que dá pelo nome de HUMANIDADE - sem saber para quê, mas a caminho da patetice global, depois das grandes amizades de plástico que ensaia há uns anos.Sobretudo, nos últimos, diria, vinte, trinta, quarenta anos.


E cá fica mais um quixotesco "post" para fingir que estou por dentro... Graças a Deus (posso dizer assim?...), as estatísticas sublinham, com regularidade, que no JARDIM7 somos cada vez mais ...


Olhem, que isso seja tido em conta "na hora de somar pecados ..." Assim seja!


Mas, caro Charlot a haver, não te esqueças do "meu caso"... É que, conhecendo-me, há quem me escreva como se eu não fosse eu... Que, ainda por cima, tenho um nome menos comum do que Manel, por exemplo.


Um abraço virtual para todos. Demoro aqui. No banco (do jardim).

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