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A fadista portuguesa é um dos destaques do Festival de Artes de Macau que, este ano, aposta nas produções locais. A venda de bilhetes começa dia 16.
Cláudia Aranda
Carminho, a fadista de 29 anos que se tornou uma das vozes emblemáticas da nova geração, que recupera o fado português cantado e tocado na sua forma mais tradicional, é um dos nomes sonantes da programação do XXV Festival de Artes de Macau (FAM), que acontece entre os dias 2 de Maio e 8 de Junho.
A artista portuguesa, que já cantou acompanhada por Nicolas Jaar, ou em dueto com os brasileiros, Chico Buarque, Milton Nascimento, Nana Caymmi e o espanhol Pablo Alborán, actua em Macau a 4 de Maio, a partir das 20h, na praça do Tap Seac, local que vai acolher diversos eventos do FAM.
Os bilhetes para os 31 espectáculos, inseridos numa programação com cerca de 200 eventos, entre exposições de artes visuais e mostras de cinema a 360graus, vão ser postos à venda a partir de 16 de Março. Este ano, quem comprar ingressos, tem direito a uma surpresa: por cada 250 patacas de bilhetes comprados o público vai ter direito a uma “Raspadinha do Jubileu”, com prémios que incluem voos com a Air Macau ou uma noite de luxo numa suite no MGM. A campanha “Sabor e Artes” oferece vouchers para utilizar em restaurantes do MGM, cada bilhete dá direito a um voucher.
Para este ano, que é o da celebração do jubileu de prata do festival, o Instituto Cultural (IC) da RAEM, que organiza o FAM, conta com um orçamento de 27 milhões de patacas, dois milhões mais do que o ano passado. A programação conta com 31 produções (o ano passado houve 34) de diversos países e regiões, entre os quais, China Continental, Hong Kong, Portugal, Reino Unido, França, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Japão e Singapura. A totalidade de eventos incluem dança contemporânea, ópera cantonense, teatro, cinema, espectáculos multimédia e sessões de mapping arquitectural.
Este ano a programação aposta “em produções locais” e a prova disso é que, tanto a cerimónia de abertura como a de encerramento, são encomendas a grupos artísticos e musicais de Macau.
O festival inaugura dia 2 de Maio, às 19h30, na praça do Tap Seac, com o concerto de abertura do jubileu de prata do FAM, que vai juntar coros locais e músicos das elites musicais de Macau, dirigidos pelo maestro Francis Kan, da Orquestra de Macau, para executarem peças de Shostakovitch, Bethoven, Fauré e Tchaikovsky.
O encerramento do festival será assinalado por um espectáculo de mapping arquitectural intitulado “Um Sonho de Luz”, nas ruínas de S. Paulo, nos dias 31 de Maio e 8 de Junho. Este é um dos espectáculos que junta na mesma produção artistas de Macau e de fora. Membros do MAVA (Macau Audiovisual Alpha), que já participaram no espectáculo do ano passado “Mapping: Fabricado em Macau” vão associar-se a elementos do grupo espanhol Telenoika para criar “Um Sonho de Luz”.
As produções conjuntas são, aliás, uma das apostas do IC que, já o ano passado, incluiu programas de colaboração entre locais e estrangeiros.
“As realizações de artistas locais estão a aumentar” e para “elevar a qualidade” das companhias locais o IC aposta nas colaborações entre Macau e artistas estrangeiros ou da região, explicou o presidente do IC, Guilherme Ung Vai Meng.
O festival foi fundado há 25 anos “para toda a população”, como plataforma de intercâmbio entre artistas de Macau e do exterior. O objectivo é “vitalizar” a vida cultural dos cidadãos” e “alargar” “os seus horizontes artísticos”, refere Ung Vai Meng na nota introdutória da programação do festival.
É com esta filosofia que a programação inclui palestras, workshops, actividades para crianças e para deficientes audiovisuais e auditivos, para “dar aos cidadãos a oportunidade de participar no evento e aprenderem mais sobre artes”.
Neste programa de extensão, o destaque vai para o ciclo “Macau em Filmes-Cinema Móvel”, da Associação Audiovisual CUT, com a projecção em diferentes locais emblemáticos da cidade, de películas filmadas em Macau, seguidas por sessões de conversa e passeios a pé pelas zonas de filmagens.
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