segunda-feira, 4 de abril de 2011

Junta médica

Porque é que o Zé, bastas vezes, não acredita no "sistema" e no políticos que o gerem ou manipulam?


Cito um exemplo, uma situação que se espera possa, por "mão própria" de algum visitante activo deste blogue, chegar a quem de direito.

O caso é o seguinte:

Um doente oncológico fez uma urostomia (ficou, portanto, sem bexiga, próstata, apêndice, parte da uretra e parte do intestino), nos primeiros dias de Fevereiro passado, numa intervenção cirúrgica de cerca de NOVE HORAS, seguida de três dias de cuidados intensivos e um de recobro.

Ficou internado 14 dias e passou a fazer semanalmente sessões de quimioterapia de sete horas e meia cada,  alternadas com outras de duas horas.

NOTA: é suposto que todas estas intervenções estejam registadas na banda magnética do cartão do utente em causa.

Acontece que ... que não estão...  Ou se estão, não parece...

Vejamos: o doente foi chamado a uma Junta Médica, a 30 quilómetros da sua residência, para certificar o respectivo estado de saúde para o trabalho - MÊS E MEIO DEPOIS DO QUE FICA DITO, isto é, cerca de 45 dias depois da UROSTOMIA!!!  U R O S T O M I A, meus amigos.

Confrontado com a situação, o doente telefonou para os Serviços onde teria lugar a referida Junta Médica para informar que, na data referida,  tinha uma sessão de quimioterapia de SETE HORAS E MEIA, e perguntando, apesar de tudo, se podia ser marcado outro dia para o efeito...

Resposta da funcionária pública: "... mas nesse dia, pode escolher outro horário e não mudar o dia..."


Senhor Engenheiro Sócrates, senhores ministros que nos dizem governar: O QUE É ISTO?

Então os Magalhães do Ministério da Saúde não têm lá tudo escrito? Então os senhores cruzam ou não cruzam dados?... É suposto que nos computadores da Saúde esteja toda a informação médica de cada um dos utentes. Ou é mentira?...

E também não é admissível que um funcionário que lida com o sistema, seja tão primário e insensível que não perceba o que de elementar, e até desumano,  há em tudo isto...

Basta!

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