Sandra Lobo Pimentel
O cônsul-geral dos Estados Unidos para Hong Kong e Macau, Clifford A. Hart, esteve na RAEM para uma visita que incluiu um almoço com membros da Câmara do Comércio americana. O diplomata, que em Agosto do ano passado substituiu Stephen Young, sublinhou o “forte investimento” das empresas norte-americanas em Macau e considerou esse envolvimento “estimulante”.
O cônsul-geral vê as relações com Macau como “maduras”, lembrando que sofreram uma “mudança revolucionária com a liberalização do jogo e a oportunidade de companhias estrangeiras participarem na indústria local”.
Sobre a renovação das concessões de jogo com as empresas norte-americanas, não quis alongar-se, dizendo apenas que será “discutida entre o Governo e as companhias” e que está “optimista que estas serão feitas de forma transparente e justa”.
Falou ainda do papel das relações com a China e a influência na integração do Delta do Rio das Pérolas, entregando ao sector privado a maior responsabilidade. “Penso que a cooperação que poderá haver, ficará dependente das decisões locais, entre as duas regiões especiais e a província de Guangdong, sobre quem serão os melhores fornecedores de serviços. Em muitos casos posso dizer que sinto orgulho que as empresas americanas sejam seleccionadas e permaneçam muito dinâmicas nos anos que vêm”.
Instado a comentar os protestos que têm ocorrido de trabalhadores do sector do jogo, disse apenas sentir-se “encorajado pelas conversações entre os trabalhadores e os empregadores” e que a disputa deve ser gerida de “forma pacífica”.
Sobre outros protestos, nomeadamente, os movimentos pela democracia nas duas regiões, Cliff A. Hart escusou-se a comentar, remetendo para o que já foi dito pela Administração norte-americana. “Acreditamos que Macau tem estabelecidas as liberdades de expressão e de reunião, que foram e permanecerão como cruciais para a estabilidade e prosperidade e estão imortalizadas na Lei Básica”.
Na manhã de ontem decorreu um encontro com Chui Sai On, sobre o qual o cônsul-geral apenas referiu que “concordámos na importância das relações bilaterais e dos interesses comuns e da importância de continuarmos em contacto”, acrescentando que “o Governo de Macau liderado pelo Chefe do Executivo é um importante parceiro dos Estados Unidos e indispensável aos nossos interesses na região”.
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