segunda-feira, 26 de julho de 2010

Placas toponímicas

José Picão Tello, que foi tesoureiro da Caixa Geral de Depósitos, em Elvas, quis-me, a certa altura, a trabalhar seu lado.

Fiz-lhe saber que não podia aceitar, mas vim a tê-lo como padrinho de casamento, com direito a notícia no "Linhas de Elvas", onde ele era jornalista "free-lancer" respeitado.

Perdi-o no dia 3 de Março de 1989, depois de, em Lisboa dos seus pesadelos (Elvas era tudo), ter ido à Clínica de S. Lucas dizer-lhe, dizer ao crítico tauromáquico (D. Pepe) que também era, que soubera da sua valentia ao..."pegar bem de caras (a doença) o touro que lhe havia calhado em sorte"...

Menti. Faleceu pouco tempo depois na Elvas dos seus amores.

E aqui estou, enquanto é tempo, a registar "no satélite" o seu melhor, a sua, por vezes ácida, mas contagiante boa disposição - que fazia questão de manter sempre, não muito longe do Aqueduto que o viu partir.

Recordo-o. Recordo-o porque, de vez em quando, me apetece restaurar placas toponímicas (há uma com o seu nome na cidade)... e, no caso, olhar a salva, agora minha!, sem valor material, que, em cerimónia própria, lhe foi entregue por João Carpinteiro (1987), presidente da Câmara Municipal de Elvas, no seu 85º aniversário, por "uma vida ao serviço do jornalismo".

Obrigado, Rita! *


* Rita foi a sua digna, fidelíssima e respeitável empregada doméstica a tempo inteiro, que, falecida D. Maria Vitória, companheira de uma vida de José Tello, ficou com o usufruto da casa onde viveu o jornalista e da qual a família terá oportunamente retirado o recheio que, por bem, entendeu retirar - deixando a salva da homenagem...

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