quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eternidades...

Como toda a gente, procuro encher o meu dia-a-dia de eternidades. Nas últimas semanas, "achei" duas...

- devidamente encadernados, todos os exemplares (oportunamente cobiçados pela biblioteca da Universidade Católica) do primeiro ano do JORNAL NOVO, incluindo, por graça, o que o público nunca conheceu: o número de ensaio, que sempre se faz para "consumo" interno do editor;

- as três primeiras edições da revista COLÓQUIO (o número 1, de Janeiro de 1959) editada pela Fundação Calouste Gulbenkian, que me recorda tempos de descoberta... Desse número e de José Régio, "vizinho", em Portalegre, de minha mulher, então solteira:

"... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 

Desvendarei, por fim, o incerto clarear?
Distinguirei, por fim, o rumor subterrâneo?
Este ir chegando, enfim, será chegar?
Entreverei o eterno, ainda que instantâneo?

Só sei que vou chegando, e a tarde é sossegada.
Chegando a quê? Talvez a nada.
Talvez a tudo."

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