sábado, 7 de agosto de 2010

Palavras em saldo

Cresci a ouvir, durante muitos anos, mal entrava no Parque Mayer, em Lisboa, um homem que apregoava sempre o mesmo: "grande saldo de livros!!!" Não me lembro, apesar de tudo, de lhe ter comprado nem "velharia", nem "novidade" que se veja, mas a verdade é que me ficou o pregão e, com ele, quem sabe, o reforço da vontade antiga de "vender", também em saldo, não livros, mas palavras...

"Grande saldo de palavras!", pois, meus amigos. É o que, uma vez por outra (ou sempre...), tenho para vos oferecer, nesta barraquinha da NET que, por ser ao pé de um jardim, tem sempre uma sombra disponível para os apreciadores de verbos, substantivos, adjectivos, e coisas do género - em segunda mão...

Sempre me conheci a ler de lápis em punho. Os meus livros "dizem" a data em que foram lidos "a primeira vez", a "segunda", etc. Isto é, revelam o que pensei...às vezes com anos de intervalo.

Está aberto, pois, a partir de hoje, na ruadojardim7.blogspot.com, o "grande saldo de palavras". Tomem nota.

Hermann Hesse, in O Jogo das Contas de Vidro

"Sabe-se, ou pressente-se que, se o pensamento não for vigilante e o respeito pelo espírito não tiver valor, então os navios e os automóveis não tardam a andar aos ziquezagues, perdem todo o valor e autoridade a régua de cálculo do engenheiro mas também a matemática do Banco ou da Bolsa, é o caos."

"Medita com atenção! Se os teus ócios te pesam, consagra algumas horas por dia, não mais de quatro, a um trabalho regular, tal como o estudo ou a cópia de manuscritos. Mas não dês a impressão de trabalhar, tem tempo para quem quiser conversar contigo."

Anónimo

"Se os velhos perdessem a paciência com as hesitações dos novos, os novos ficavam prematuramente velhos."

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