sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Águas furtadas sem vistas para o Jardim

Meu caro Zé











Moro no último andar do prédio onde arranjei vaga já lá vão alguns anos ... E, como, não muitas vezes, em casa, o que sei, sei-o pelas vozes quase gritadas que me chegam da rua e pelo que, aqui ao lado "nisto", ou na chamada Comunicação Social (no caso, TV e rádio), oiço mesmo que não queira ... Para falar verdade e não ser exaustivo, o que me chega, não é, penso, mas, bastas vezes, parece puro TERRORISMO VERBAL:

"a partir de ... passas a pagar para ... mais, mais ..."

"a partir de ... deixas de ter direito a ... "

E assim quase diariamente.De manhã, um valor, à tarde, outro ...A respeito do mesmo... 

Ando adoentado. Com arrepios de frio. Sem vontade de nada. Já fui ao médico, claro, mas ... mas piorei .,. Também lá me pareceu ouvir ecos (já oiço estes ecos em toda a parte ...) do terrorismo verbal (?) que tanto me incomoda de há uns tempos a esta parte, sempre que abro a janela das minhas águas furtadas ... Furtadas é como as conhecem, é uma expressão consagrada, mas, para ser verdadeiro, o que eu sinto, à letra, mesmo à letra, é que são roubadas. Roubadas todos os dias. Logo a mim, que trabalhei desde miúdo, sem tirar nada a ninguém ... Não, não é verdade, não pode ser verdade...

Desculpa, Zé, o desabafo. E compreende-me: talvez não acredites, mas, nestas águas furtadas, ou roubadas,tanto faz, o que ainda me vale é o manguito que me ensinaste ...

Caldas a capital! Caldas a capital! Caldas a capital! Bordalo a presidente póstumo! Bordalo, Bordalo, Bordalo!

Bem-hajas! Um abraço.

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