domingo, 3 de março de 2013
Imagens faladas ( 4 )
Tivemos a Crónica Feminina que dizia "tudo" e chegou a ser (creio) a publicação periódica (semanal?) com maior tiragem em Portugal. Na Feira do Livro de Lisboa, que se realizava, então, na Avenida da Liberdade, recordo-me de lhe contar o maior número de "stands" de quantas editoras ali se apresentaram em determinado ano.
Depois ... depois finou-se. Mas continua ... continua nas revistas cor-de-rosa que lhe sucederam e que, talvez mais dadas ao sensacionalismo, visem o mesmo público da velha Crónica Feminina, mas agora mais actualizada, isto é, tirando partido da ausência de censura, dando espaço ao mexerico, ao escândalo sexual, ao diz-se-diz-se de que são feitos estes novos tempos que vivemos: "Carminho arrasa/Casamento de ..." Estamos assim. Enquanto a escola não conseguir ir mais longe ... Não é Portugal que está assim ... é o mundo, o mundo do imediato, do sensacional, de uma certa libertinagem oral e escrita ... ESTAMOS. Em nome da LIBERDADE.Continuamos, colectivamente, a prender a LIBERDADE.
Ontem, por exemplo, POR EXEMPLO, as Manifestações Políticas realizadas em Portugal, pretenderam ser um exercício de liberdade - mas, como sempre, nestas coisas, há quem tenha olho de rei, independentemente das razões objectivas que as determinaram ... E lá estava, às claras, um manipulador das vontades ... que, à sua maneira, não terá sido a Crónica Feminina da política, mas a "revista" elaborada para ambos os sexos, por uma "redacção" atenta aos tempos que passam ... Que "vende" tanto mais quanto maior for a impreparação da Maria e do Zé.
No fim de contas, o que nos falta é um Parque Mayer, que tinha tudo: crítica social e política. Crónica Feminina e desfiles contra, contra tudo o que cheirasse a esturro ... Em princípio, fosse para que lado fosse ...
Mas isto são IMAGENS FALADAS, faladas num banco de jardim, que vale o que vale e não tem pretensões a mais ...
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