domingo, 10 de março de 2013

Imagens faladas ( 5 )

É assim: os povos, alcançada aquela que consideram a sua liberdade, derrubam, põem no lixo, bastas vezes, tudo o que, embora, eventualmente, possa não os ter agredido, representa, no seu ponto de vista, um passado considerado indesejável. Há, de permeio, por vezes, ira acumulada que "obriga", quase sempre, a atitudes que podem roçar a insensatez cultural, mas que fazer? ... 

Na Guiné-Bissau, sou testemunha: tudo o que, na estatuária pública, por exemplo, representava, para os guineenses, o Portugal, no seu dizer, colonizador, foi apeado e enviado para uma espécie de lixeira nos arredores de Bissau. Não sei o que lhe fizeram posteriormente, quando as relações internacionais entre colonizadores e colonizados se normalizaram. O que sei é que, a seguir à independência do país, foi assim. Eu vi. 

Como vi, nos arredores de Praga (aí já devidamente "arrumado" ao ar livre) tudo o que representava influência soviética e comunista na vida da República Checa.

Como, aliás, aconteceu, depois do 25 de Abril, com, por exemplo, a estátua do marechal Óscar Carmona,  "ordeiramente" retirada para o jardim do Museu da Cidade de Lisboa.

É assim ...

É assim, exactamente como, no Centro Cultural de Belém, Museu da Colecção Berardo, nos é mostrado em imagens relativas a Angola, angolana:




































































com episódios de caricatura como estas ...




































... que apelam à nossa compreensão.

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