segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Emigração ou migração?
Se o território é geograficamente escasso em quilómetros para a gente que nele nasce, a emigração não é um mal, é um desafio.
Se o território é economicamente pobre para a quantidade de pessoas que nele nasce, a emigração não é um mal, mas pode ser uma necessidade.
Se o território é, de sua natureza, pequeno para acolher dignamente a cultura gerada em séculos de existência, onde está o mal no "cantar" e espalhar por toda a parte o que se sabe?
Se as teses políticas dominantes em determinado território são contrárias às que cada um acha serem as melhores para o território onde nasceu - ou luta por melhores políticas ou tenta exercer a liberdade de as procurar onde as tiver como boas, onde está o erro?
O que não se pode, não deve, é dizer, proclamar, que a emigração é culpa de A ou B. Para os portugueses, viajantes, gente convivente com toda a gente, capaz de se organizar em toda a parte em verdadeiras comunidades, EMIGRAR, não sendo a melhor coisa, por querer, bastas vezes, dizer adeus à lareira familiar, pode significar "apenas" uma forma de crescimento do bolo material ou cultural.
Salazar terá glorificado a emigração pelas piores razões. Acredito. Mas não é exemplo ...
Prefiro pensar na difusão da língua, na cultura da Cultura e ficar à espera que Camões, Eça, Saramago e tantos outros, não morram da pior das mortes que é o esquecimento. De esquecimento e doutras doenças.
Uma União Soviética, por exemplo, desmembrada (para citar um caso recente de "emigração", no caso, política, não foi o esfacelamento da Cultura Russa. A China, enorme, não cabe no espaço que tem no planisfério, mas, aqui a dois passos de minha casa há micro-Chinas com fartura ... E a maior parte come com pauzinhos ...
Mas, quem lê, quer uma conclusão para este paleio de jardim?
Não sei. O que julgo saber é que, do que conheço (e conheço algumas) as comunidades portuguesas no estrangeiro, em regra, vivem felizes - e são Portugal no SER e no ESTAR. E isso é Património Nacional.
Com Sócrates, com Passos, sem o vizinho, com o vizinho ... Na maior parte dos casos.
Aproxime-se quem escreve e justifica o que escreve.
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