terça-feira, 4 de outubro de 2011

Diálogos íntimos ...











Meusamigos (como escreveria Antunes Ferreira), antes de me ir deitar, tenho uma sugestão, sobretudo para os mais novos:

se, claro, ainda não o fazem, leiam os vossos livros com um lápis na mão e sublinhem o que mais vos sensibilizar ou ... ("já o faço", dirá, se calhar, a maior parte. "Enquanto estudante, por exemplo, foi o que fiz SEMPRE ..."). Ok! Mas façam mais: escrevam, também a lápis, obviamente (digo eu ...), na folha de rosto do exemplar que acabaram de ler, a data em que o fizeram (mês e ano, já agora).

Acabado de ler, com os sublinhados e eventuais notas à margem ditadas pela leitura, passem a outro livro e "esqueçam" o anterior - por muitos ou poucos anos, conforme entenderem. Entretanto, quando um dia tiverem saudades da primeira leitura efectuada ao livro sublinhado, releiam - outra vez de lápis na mão, por exemplo, e, em vez de um traço contínuo como sublinhado, ensaiem o traço, espaço, traço ... Depois, depois, numa sempre possível terceira leitura, sublinhem com, alvitro eu, traço, ponto, traço... E assim por diante. Sem esquecer de escrever nas primeiras páginas as datas das diferentes leituras.

Resultado, por vezes, espantoso, é o diálogo do vosso eu ... com o vosso eu - eventualmente afastado anos ...

E pronto já fiz a minha boa acção antes do ó-ó ...

"De nada, meusamigos! Passem a palavra. Se ainda são dos que lêem papéis encadernados ..."

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