Percebo os indignados. Percebê-los-ia melhor, no entanto, se corressem com os infiltrados que, eleitos pelo Zé, se misturam com a juventude, em parte, justamente preocupada (alguma com ar de orquestrada, embora) com os actuais caminhos do mundo ... A gente percebe, a gente sabe quem são esses irritantes penetras: são uns senhores sem gravata que, pela escassez de votos recebidos em eleições que lhes deram "assento parlamentar", fazem o seu papel (higiénico) de aparecer ... Em nome de uma solidariedade efémera e falsa. Não se livram, pelo menos, da aparência.
Eu, que vivo entre o indignado e o "lá terá que ser", se fizesse parte daqueles que os espanhóis exemplificaram lá na terra deles, com objectivos exportadores, tentava no final destas manifs juntar os infiltrados pagos por todos nós, e "obrigava-os", ali, ali mesmo, a responsabilizarem-se, a assumirem o papel de mensageiros oficiais junto das entidades onde, eleitos, são pagos para falar no bem comum ... E tornava tudo mais puro, mais de acordo com a natural vivacidade e, muitas vezes justa, indignação da juventude, sobretudo.
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