terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mestrados

A notícia chega-me de fonte segura: no final do ano lectivo, em determinada área de Letras, na Universidade de Lisboa, só dois alunos de mestrado, de um total de cerca de 20, entregaram os trabalhos solicitados nas diferentes cadeiras.

O que é que se passa? Está tudo doido? Andamos a brincar? Os contribuintes pagam para que a Escola exista e depois brinca-se?

"Ai, coitadinhos, andam perturbados ..."

Qual perturbados, qual história? Não se diz que não, mas, mas há nisto, sobretudo, uma inconsciência generalizada do dever.

"Ah, mas o mestrado é uma espécie de ocupação de tempos livres... Coitadinhos, enquanto não têm emprego...vão para ali ... Sempre aprendem mais alguma coisa ..."

Porra para tais argumentos, que se não são estes são parecidos. É preciso é criar um clima de exigência. Todos pagamos para isso. E não é pouco.

Amplie-se o deixa andar, por um lado, e o paga e não bufes, por outro, e aí estamos no infeliz retrato possivel 18x24 - a preto e branco. Na galeria das nossas misérias.

TRABALHAR precisa-se. No que houver para fazer, pelo menos. Para que as reclamações que o Zé faz, por falta de caroço, tenham TOTAL fundamento. E possam, eventualmente, justificar manifs. Por exemplo.

Assim, com camadas de preguiça, ou do não-te-rales, não vamos lá ... Por mais dinheiro que nos entreguem para administrar ...

Ontem, na RTP, houve quem sugerisse mais horas de trabalho por dia. Se calhar, com razão. Para, em parte, compensar os que se encostam ... Quiçá, nos mestrados ... Mas não só, NÃO SÓ!...
                                            

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