sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"A arte de se fazer odiar no escritório" ( VII )


"A AVALIAÇÃO DO SUBORDINADO
ou: Como avaliar a olho o subordinado, e de que maneira fazê-lo pesar a própria inconsistência

Demonstre constantemente que o subordinado não sabe, não  faz, não quer, não pode. Não pode querer, não pode saber.

Os olhos dele são demasiadamente limitados para olhar para as coisas em perspectiva, a sua força é excessivamente débil para dar um contributo.

No fim de contas, o que é um subordinado? Uma rodinha pequeníssima, numa engrenagem grande, mastodôntica, estupenda. Os efeitos, as cores, as tonalidades, as cavilações, são bagagem dos Dirigentes.

O subordinado deve, em vez de isso, compreender e reconhecer a inexistência de peso da sua opinião sobre a balança do Chefe. E, se ele próprio não compreende - recomenda Pierluigi Litondo (Chefe de serviços administrativos na indústria automobilistica) -, é preciso fazê-lo notar que a agulha da balança não se move, que o seu peso escapa às leis da gravidade.

Eis, por exemplo, algumas frases que servem para desmantelar completamente um homem. Use-as também:

"Eu não confio em você."
"Você não dá uma para a caixa."
"Empregados como você mais vale perdê-los que encontrá-los."
"Não pedi o seu parecer."
"A sua opinião não me interessa."
"Você não deve pensar."

Opiniões deste género dizem tudo, "pão, pão, queijo, queijo"; não são mandadas dizer por ninguém. Fazem ver e tocar com a mão que há apenas uma pessoa para pensar e agir: O Chefe."

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