Um abraço para o jornalista e amigo Maurício Soares, onde quer que esteja ...

Onde pára Maurício Soares, que foi meu companheiro de trabalho no jornal A TARDE? Que é feito dele?... Está a escrever mais um livro? Foi, num instante, a África rever amigos nos jardins locais? Anda por aí à minha procura? Já não anda? Parou de vez?...

Seja como for, vai entender-se porque o recordo com o maior carinho. Permita-se-me que reproduza aqui palavras suas e logo se vai perceber o que é pretexto para ... para contar o que pode ser pitoresco contar ...

Num livro da Colecção COISAS DO CARVALHO, da Centelha, a dedicatória:

"Para o "poderoso" M.A., "pai" Marco Polo, por cuja mão fui a terras do Grande Cã e conhecer templos de Xiva e Buda nas misteriosas terras do Oriente, a dedicatória deste livro - como remédio contra a crise (...), Maurício Soares"

Ora bem, "ispilico", o que fez de M.S. meu "filho" foi o seguinte (conversa de colaboradores de jornal teso ...):

Estamos no início dos anos oitenta do século passado e, de repente, com a ajuda de agência apropriada, "descobriu-se" ser possível ir Macau e voltar, sem mudar de companhia aérea (e sempre por conta da dita cuja ...), viajando de Lisboa para Estocolmo, depois para Copenhaga para, finalmente, poisar em Hong-Kong, rumo a Macau, ali quase a uma braçada ... E assim se fez, com estadas em hotéis e viagens SAS. Sem perder o apoio luso-qualquer-coisa que sempre tivemos às chegadas ...

No regresso a Lisboa, também com toda a simpatia da SAS, ficámos, primeiro, em Banguecoque, e, antes de Lisboa do nosso destino, Atenas, que aproveitámos para conhecer no essencial. No caso, o Paternon e as ruínas que por lá encontrámos. 

Ao serão, na capital grega, Maurício Soares, esgotado, ficou no hotel, enquanto eu aproveitei para "dar umas voltinhas" e, de hora a hora, o ir ver, como ele refere na dedicatória.

Da chegada à Portela registo palavras suas para a família que me esperava: "o Marcial foi mais do que meu pai!..."

Foi assim, meu caro Maurício Soares, para não falar naquele chá que nos ofereceu Stanley Ho, ladeado pelo seu secretário e poeta para a posteridade (vão fazer-lhe estátua no Parque dos Poetas, em Oeiras) José dos Santos Ferreira.