A conversa fez-se, ou começou pelo menos, com um sortido de sugestões para tentar vencer barreiras que, à primeira vista, teoricamente, impedem o aparecimento de sugestões ... Tudo a propósito do que se pode, ou não pode, tentar fazer para dinamizar uma associação de vontades num espaço com meios humanos limitados.
Imagine-se uma comunidade de, por exemplo, duas mil pessoas ... Não, não!... A comunidade que se toma aqui como base tinha mais gente ... Talvez umas ... cinco mil pessoas: velhas, de meia-idade e jovens.
E a história foi esta: apareceu um entusiasta em "fazer coisas" que não ficou só, embora não tenha conseguido mais do que meia dúzia doutros de idêntica determinação. Tomaram, então, todos, posse, fizeram uma espécie de levantamento, porta a porta, das aspirações culturais, etc, etc, do "público-alvo" local e... e tiraram uma conclusão fundamental: "vamos trabalhar para que, em breve, todas as semanas, se possível, tenhamos aqui uma actividade, um evento, mais ou menos mobilizador da maioria ...."
Chegadas, entretanto, as respostas às perguntas formuladas, logo, por aí, se percebeu que as pessoas até para fazerem uma simples cruzinha eram, são como o contínuo Fernandes, que, interrogado quanto à velocidade que punha no que fazia, respondia invariavelmente: "tenho outro passo, mas é mais lento do que este ..."
Siga! Com os ovos existentes, a equipa planeou o que havia a planear e traçou um plano, "diversificado, mas consistente", do que fazer para dinamizar "corpos e espíritos". Em tempo de PIDES várias, arriscou, inclusivé, o uso do megafone, de tal modo que, a breve trecho, começou a pairar na cabeça dos entusiastas da situação a ideia do "é canja" ... E foi ...
Só que ... só que depois aconteceu o inevitável: meses sem parança, o êxito provocou a inveja e a inveja apareceu de braço dado com o "atraso mental" dos que nada sabiam fazer ...
E foi então que caiu o pano: na cidade, como na aldeia onde, onde, p'ra rimar, a inveja campeia ...
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