sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"Curta metragem" de uma grande amizade

Tânia Ribas de Oliveira
(em vésperas de ser mãe) 
e João Baião,
(padrinho anunciado) 
aqui, 
como se AQUI 
fosse importante ...





























RTP-"Portugal no Coração"




















Palavras cruzadas ( XXII ) - Dantas e Almada

Júlio Dantas





























Almada Negreiros

Aqui não há guerras. Aqui há admiração.
As vidas, as lutas, estão, algures, descritas "nesta coisa" ...
Por favor, não me "obriguem" a repetir ... O banco, este banco, é um lugar tranquilo.

Aqui se propõe Ceia dos Cardeais, de um e ...
   e o poema A FLOR , de outro ...










Quando puderes ...


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Especialização em questões laterais

Do Princípio de Peter: Especialização em Questões Laterais

in (...) um caso concreto que deu em desastre

"Gladman foi promovido a director de uma fábrica em situação precária da Sagamore Divan Sofa Company com a função específica de aumentar a produção e de fazer com que aquele ramo desse lucro.

Compreendeu imediatamente que era incompetente para essa tarefa e deixou logo de se preocupar com a questão da produtividade. Substituiu-a por um zelo especial com a organização interna da fábrica e dos escritórios.

Passava os seus dias a assegurar-se de que não havia atritos entre a direcção e os operários, de que as condições de trabalho eram agradáveis e de que todos os empregados do ramo constituíam, como ele dizia, "uma grande família feliz."

in experiência profissional observada por um dos que aparece aqui no banco

Era director de um centro de formação profissional de uma indústria exportadora, algures em Portugal, e descobriu a importância dos lápis como brinde.

Salazares ... em liberdade

Esperei 37 anos, mas ninguém me proibe de falar na rua e de escrever aqui sobre o que quiser. Portanto, viva o 25 de Abril!

Mas ... mas havia, no Ensino Secundário, liceus, escolas comerciais e escolas industriais (com propinas) e agora fala-se em aumentar os valores a pagar para o Ensino Unificado que temos.

Melhoraram os cuidados de saúde gerais, mas diz-se, nesta altura, que vão aumentar os montantes a pagar.

Fala-se no apoio à 3ª idade, mas há quem diga que falta dinheiro para isso e que é preciso diminuir o valor das aposentações.

Passámos a ter mais estradas, mais pontes, mas, afinal, parte, em bom rigor, contas feitas, não era possível...

Enchemos a boca a propósito da localização de um novo aeroporto para Lisboa, discutimos a eventual existência de um TGV, mas, tudo somado, não passava de fantasia.

E assim estamos: livres, mas iguais. Salazares livres. Pode não ser já, mas brevemente. A conquista verificada, afinal, foi só uma, que, por ser única, deve ser redobradamente festejada, concordo. Mas não mais do que isso, porque a pobreza segue dentro de momentos. Viva, pois, a liberdade de ... de poder falar ...

Santo António dos Cavaleiros - 1º Roteiro


























quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Xadrez sem mestre

Gosto muito de jogar xadrez, 
sobretudo com o computador 
porque eu é que decido o nível
a que posso ganhar uma vez por outra...




Águas furtadas












Se, preocupado com os "cortes", eventualmente, reformado da "velha guarda", me oferecesse para trabalhar, remunerado ou não, tudo indica que estaria a tirar "o pão" a alguém ... Ora, não tendo, nem devendo ter, nada para fazer por conta de outrém, resta-me não fazer nada (que já é, como se prova,  fazer alguma coisa...) e ... e estar aqui a aumentar, no caso, a conta da energia - até que, não é que a voz me doa (não adianta reclamar), mas que me faltem as palavras ... Já o mesmo não posso dizer da muita gente amiga, que me enviava regularmente quantidades apreciáveis de "mails" e que ... e que, AGORA, dá mostras de começar a estar sem pilhas ... Não se preocupem!

Para quê, então, esta mensagem?- perguntar-se-á. Para exarar coisa simples:  compreensão. A vida está difícil e a electricidade está pelas ruas-da-amargura. Daí, uma coisa que nunca diria: a não ser que seja para eu ver a moldura, Caros Amigos, não me enderecem mais "mails" daqueles que obrigam a fazer promessas que, a não serem cumpridas, "dão direito" a castigo ... Não me façam isso, que castigado já eu estou, já estamos todos nós.

Se, entretanto, a vossa eventual retracção é de ordem política, porque estavam a sentir-se vítimas indefesas de alguma corrente partidária, esqueçam: têm toda a minha compreensão. Aliás, se alguém me perguntar se recebo, descansem que eu digo que sim: "muitos e bons!" Os amigos são para as ocasiões.Todos pela demissão - logo se verá de quem ...

Os capitães do lixo

Quando passei, ainda afastado do parque de estacionamento, meio de carros, o olhar caiu-me em cima de um miúdo encapuzado (não havia mais ninguém ...) que, ao sentir-se só e surpreendido, estancou a tentar decifrar-me e à espera sabe-se lá de quê ... Depois, depois foi-se afastando, afastando e olhando para trás, para o seu rasto, que cheirava a miséria, a lixo (a droga?), talvez a fome ... Alguém acabara de ser impedido de roubar e ... e talvez de comer ...

Gazeta a preto e branco: África do Sul ( V )

Nota prévia, eventualmente desnecessária: esta Gazeta foi, em tempo oportuno, publicada na imprensa diária portuguesa e, se vale, vale pela reflexão que pode, eventualmente, sugerir - mas é, antes de tudo, um documento que tenta retratar uma época ...

















"- Que pensa da África do Sul - hoje?- perguntámos a um madeirense comum, na circunstância, secretária de direcção. A resposta veio pronta:

- Como terra de acolhimento, é maravilhosa em vários aspectos: arranja-se emprego com facilidade e ... ganha-se bem, ainda que, de momento, se debata com o problema da desvalorização do rand, mas ... mesmo assim ...

Mergulhámos na cidade, enquanto no espírito nos bailava ainda aquela questão do desemprego que, afinal, tanto tem afectado a emigração portuguesa noutras paragens.

- Que se passa em Joanesburgo que a acho, vista ao pé, um pouco "despenteada"? - perguntámos a uma empregada, num centro comercial dos mais importantes da cidade.

- Sabe, o centro está muito congestionado de trânsito e, não sendo eu racista, tenho que referir que os negros tomaram conta dele e ... é o que se vê ... Agora, comprar em lojas impecáveis quase só a uns quilómetros daqui. Aí sim ...

- Mas ...

A madeirense do centro comercial, ignorou qualquer sequência nossa à conversa, para logo acrescentar:

... hoje, o poder de compra está nas mãos dos negros ... As mulheres de cor facilmente dão seiscentos rands por um vestido (embora possa ser apenas para gingar ...), enquanto eu nem sempre posso despender cem por uma peça idêntica ... Esta é que é a verdade ...

Despedimo-nos meditabundos e regressámos ao "lar, doce lar", que é como quem diz, ao hotel, onde a bandeira portuguesa está discretamente pintada no vidro da porta do edifício, que dizem ser um dos pontos de encontro da comunidade - "do operário ao médico."

Aí nos disse, então, o operário:

- Há dificuldades, de facto, mas são iguais às que existem na Europa. O problema é que passou a haver maior moderação nos proventos: agora já não se conseguem ganhar doze a catorze rands à hora na metalurgia. Ficamo-nos pelos oito, nove rands ...

- E desemprego? - tentei tirar a limpo.

- Não ... Ou antes: há menor procura. De resto, com a reeleição do Reagan, a situação vai melhorar de novo, em 1985.

- E uma certa confusão que se nota agora nas ruas?...

- Não é coisa de europeus ... A maior abertura aos mestiços e aos negros ...

- Mas os portugueses ...

- Não, não é connosco. Quem tem dificuldade em adaptar-se são os ingleses, os africanenses e outros que não nós ... Nós até estamos habituados à convivência racial... Sou de Moçambique - rematou.

Ao lado, entretanto, soltava-se insólito o desabafo de um dos directores do hotel:

- Escrevam lá no vosso jornal que eu ainda sou português, mas os meus filhos serão o que eles quiserem ... Para já, tirei-os da escola portuguesa: não posso aceitar que aprendam por livros com textos de Samora Machel e de Agostinho Neto ..."



O maestro Edward Yudenich (7 anos)

                                                             Em tempo de crise, 
                           no coreto do Jardim
                        a saudade dos concertos
                        da Academia de Música 
                     de Santa Cecília, em Lisboa
                                        

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Crónica do Orçamento 13

Um blogue não é o resultado de uma ligação directa a uma agência de notícias, nem a via mais adequada para subscrever "grandes teorias" acerca do que quer que seja, como não é espaço para "trazer a público" em primeira mão, ou não, qualquer invento humano de previsível interesse universal. Um blogue, na minha opinião e na dos utentes dos bancos seus vizinhos, pode ser, isso sim, um espaço de desabafo, de queixa ou alegria (eventualmente provocatório), sem necessidade de cunhas e amigos na televisão para se fazer passar. É, assim, talvez, o maior espaço de liberdade escrita que se conhece - embora, embora sujeito à "capacidade de escrita e técnica" do respectivo subscritor, como é óbvio. Mas, suavemente, pé-ante-pé ... Em qualquer caso, sempre melhor do que escrever em jornais partidários ou nas paredes. Embora com menos aparato, claro. É evidente que uma reclamação, um grito ilustrado, num muro público bem situado, tem "leitores", pode até ser mais grito do que uma pacata mensagem num qualquer blogue, mas, pelo menos aparentemente, suja mais do que o que aqui se possa escrever. 

Por exemplo, a mim, que faço parte do grupo dos reformados da chamada classe média/baixa (?) e que acabo de ver na televisão, em directo, a aprovação do Orçamento de Estado para 2013, o que me apetece é repetir Cambronne (e repito-o: MERDA!), mas percebo que já igual capacidade de expressão me estaria vedada pelos bons costumes se, grafitter, fosse, por exemplo, tentar escrever nas paredes exteriores do edifício da Assembleia da República, em Lisboa, isso mesmo ... Jamais! Embora, embora me cheire que, para o ano me vão tirar, no mínimo, o direito a uma ... uma sobremesa, para não dizer a uma sopa diária, dando-me apenas, em contrapartida, o desabafo do voto em tempo oportuno... Isto, numa altura em que, a acontecer assim, o que me satisfaria, de certeza, seria escrever com "tinta produzida no meu intestino", em local bem visível, a expressão pura do que me fosse na alma ... Mas se bloguer tenho procurado ser, não é agora, ou para o ano, que o vou deixar de ser ... Mas lá que estou assustado, estou (será que também vão mexer na Saúde?... É que eu não tenho médicos na familia, nem amigos nas amostras de medicamentos). Os gráficos que nos revelam são aterradores. Remetem-nos para o tempo da marmita com o que, eventualmente, sobrou do dia anterior ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...  

... e se eu tentasse afastar por instantes a eventual depressão e aproveitasse a fortuna que tenho que pagar anualmente à Google para pôr aqui fotografias? A do Zé, por exemplo... É isso.



Presidente de Junta - o lugar político mais incómodo

Peter, modéstia à parte, não concluiria melhor:

a incomodidade pessoal directa é inversamente proporcional à importância do cargo político exercido, isto é, um presidente de Junta tem dificuldade em fugir aos contactos directos de rua com os fregueses;

um presidente da Câmara, em princípio, circula no automóvel que o espera à porta do Munícípio;

um membro do Governo, já sai do local onde se desloca dentro do carro que o há-de transportar donde quer que seja sem passar por quem o queira abordar.

Daí ... daí poder,nomeadamente, concluir-se que ser Presidente de Junta é uma grande chatice.

Por isso, meus amigos das presidências de Junta, se estão cansados da vida que levam, aproveitem a proposta oficial do Governo e deixem, por razões de saúde, em particular, aquilo que alguns, ainda por cima, dizem, maldosamente, ser para vós um tacho ou um poleiro e ... e não se sacrifiquem mais - que a gente cá se há-de arranjar ... Aceitem, aproveitem a chamada racionalização de meios ... E, finalmente, vivam, sem constrangimentos, no meio do povo. Aceitem a sugestão de um freguês, do freguês que vos convida a, tranquila e finalmente, aparecerem no banco ... no banco do jardim, onde não há lugar, que se saiba, a tentativas de suborno, nem nada que se pareça. E, como recomenda Peter, in "O Princípio de Peter,"comecem uma colecção de selos, pintem quadros ou aprendam a fazer churrascos".

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Soneto para quando Amália voltar

De um soneto de Fernanda de Castro


Carta aberta a ...

Senhor ...

(não sei se hei-de dirigir-me ao cidadão, se ao político do PSD, se ao Primeiro-Ministro ...)

Senhor Dr. Passos Coelho, com os melhores cumprimentos, queria pedir-lhe que tivesse uma conversa com o Secretário-Geral do PSD e com o Primeiro-Ministro e lhes dissesse que o pessoal do tempo do Salazar e do Marcelo, tanto quanto sei, apesar de grato a este último pelo seu interesse pelas pensões de reforma, preferiu, como sabe (não sei que idade V.Exa. tinha quando foi o 25 de Abril), acreditou que, passando o povo a ser "quem mais ordena", não apareceria ninguém a abusar dessas falas ... 

Por isso mesmo, nem quero acreditar que o Senhor esteja disposto a dar instruções no sentido de, em nome de e de ..., as Finanças poderem ir agora ao escasso bolso da classe média, antes de, publicamente, se perceberem os limites da classe imediatamente acima ...

"A história é sempre a mesma", dirá. Concordo, concordo ... mas tenho dúvidas ... Dúvidas, até ao momento em que, lápis na mão, o Senhor venha a demonstrar que, agora, ninguém nos está a empurrar para uma mudança "na continuidade" daquilo que rejeitámos em devido tempo. Penso que nenhum votante votou isso, pelo que, sem esmolas alheias, espero, apesar de tudo, o melhor, isto é, que não haja roubos à chamada classe média - e que o Senhor, por isso, tenha que mandar prender os ladrões. O que seria muito desconfortável, em particular, para a maioria que quer viver sossegada, num país tranquilo e o mais justo possível.O que, no caso justo, seria desconfortável.

Cordialmente, 

 um dos do banco ... de jardim



domingo, 25 de novembro de 2012

Ao inesquecível Espaço da Luz (CERCI 2003)

Foi fácil ouvir o Espaço da Luz e, até sem políticos na retaguarda, fazer um livro* de todos - com todos os que abraçamos assim:




































































































































































































































































* "Conversas Diferentes"
Hoje é dia 25 de Novembro, mas como "o Natal é quando um homem quiser", eu quero que, este ano, que não nos dão nada, comecemos nós a abraçar-nos JÁ! 

Bom saúde física e, se possível, todas as outras !...

Se possível, TELETRABALHO?

Quem aqui se põe frente a esta coisa monstruosa que é um computador, por vezes, tem a sensação de que não vale a pena insistir em blogues, insistir nesta coisa frágil, que são as páginas soltas com nome de registo, apesar de tudo, mais rigoroso do que o do baptismo ... A verdade é que, se observarmos bem, a verdadeira liberdade passa por aqui ... Aqui que, não raro, digo eu, é capaz de estar também o início de muitas ideias adormecidas ou nunca abordadas. Não será o caso. Mas "a conjuntura", em particular, a conjuntura portuguesa, obriga a, no caso ...

No caso, trazer para este "jornal" aquele que, entre nós, se chamou O LIVRO VERDE PARA A SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO, e, a propósito de Desemprego ... transcrever duas dúzias das suas (muitas) linhas:

"(...) Legislação laboral
A adesão a um regime de teletrabalho deverá ser sempre voluntária por parte dos trabalhadores, e o seu eventual desejo de voltar a trabalhar no edifício da empresa deverá ser sempre satisfeito. Os trabalhadores que adoptem (ou tenham que adoptar, acrescentam alguns dos que frequentam o Jardim ...) um regime de teletrabalho não poderão ser prejudicados quer em termos de remuneração quer em termos de progressão na carreira. Todos os equipamentos necessários à adopção de teletrabalho deverão ser fornecidos pela empresa, e neles deverá estar também incluída uma lista telefónica destinada unicamente a assuntos empresariais. Os teletrabalhadores deverão ter livre acesso ao sindicalismo. Também as condições de higiene e segurança deverão ser garantidas aos teletrabalhadores da mesma forma que seriam se eles continuassem no regime normal.

Comparticipação nas despesas
Deverá ser feita uma avaliação dos custos adicionais incorridos pelos trabalhadores na adopção do regime de teletrabalho (e.g. consumo de energia eléctrica para iluminação, aquecimento e equipamentos). As empresas que possuam trabalhadores em regime de teletrabalho deverão comparticipar nessas despesas.

Benefícios para a sociedade: Os benefícios para a sociedade em geral deverão ser equacionados. Nestes benefícios estarão incluídos a redução de poluição atmosférica devido a uma redução nas deslocações casa-emprego; e a redução nas contribuições do Estado nos passes sociais.

Incentivo à adopção do teletrabalho: Se a adopção de um regime de teletrabalho traz benefícios para os trabalhadores, para a sociedade em geral e para as empresas, ainda que com possíveis custos imediatos para estas últimas, é lícito que se crie um programa de incentivos (e.g. fiscais) às empresas para que o teletrabalho se torne uma realidade.

O Estado deve dar o exemplo: De um modo geral, o Estado é um dos sectores mais adequados à adopção de regimes de teletrabalho, já que é o maior empregador do país, e dado o tipo de trabalho que aí é desempenhado se insere claramente na área dos serviços, portanto potencialmente adequado à adopção de um regime de teletrabalho. Havendo interesse por parte do Governo no incentivo à utilização intensiva do teletrabalho pelas empresas, impõe-se que dê o exemplo e que seja o primeiro a implementá-lo."

Diario de Noticias/ DIÁRIO DE NOTÍCIAS


sábado, 24 de novembro de 2012

Síntese de uma reunião adiada em Bruxelas


Álbum de família - uma visita ao Zoo de Lisboa


Bancos com buraco











Dois bancos portugueses com buraco ao meio

Almeida Garrett


Peter, consultor convidado (VIII)-hierarquia e política












"Em qualquer crise económica ou política uma coisa é certa: muitos peritos esclarecidos prescreverão muitos remédios diferentes.

O orçamento não se equilibra: A diz "subam os impostos"; B grita "reduzam os impostos".

Os estrangeiros que fazem investimentos estão a perder a confiança no dólar: C insiste na estabilidade da moeda, enquanto D defende a inflação.

Há tumultos nas ruas: E propõe que auxiliem os pobres; F pugna pelo encorajamento dos ricos.

Uma potência estrangeira profere ameaças: G diz "Desafiem-na"; H diz "Harmonizem as coisas".

Porquê a confusão?

1 - Muitos dos peritos atingiram já o seu nível de incompetência e, por conseguinte, o seu conselho é absurdo ou irrelevante.

2 - Alguns deles defendem teorias sãs mas são incapazes de as pôr em prática.

3 - Em qualquer dos casos, nem as propostas sãs nem as desonestas podem ser postas em prática eficientemente, porque a engrenagem do governo é uma vasta série de hierarquias entrelaçadas e eivadas de incompetência.

A Legislatura

A maior parte dos corpos legislativos modernos - mesmo em países não democráticos - são eleitos pelo povo. Poder-se-ia pensar que os votantes, no seu próprio interesse, reconheceriam e elegeriam o estadista mais competente para os representar na capital. Esta é, sem dúvida, a teoria simplificada do governo representativo. Porém, na realidade o processo é um pouco mais complicado.

A política moderna é dominada pelo sistema de partidos. Alguns paises têm apenas um partido oficial; outros têm dois, e alguns têm vários. Um partido político é, de um modo geral, ingenuamente descrito como um grupo de pessoas com a mesma maneira de pensar, cooperando no fomento dos seus interesses comuns. Isto, porém, já não é válido. Essa função é agora desempenhada inteiramente pela ante-câmara e há tantas ante-câmaras quantos os interesses especiais.

Um partido político nos dias de hoje é, em primeiro lugar, uma máquina para seleccionar candidatos e para os fazer eleger.

Para ser franco, vê-se ainda, de quando em quando, um candidato "independente" ser eleito à custa dos seus próprios esforços, sem endosso do partido. Porém, as enormes despesas que a campanha política acarreta, tornam o fenómeno raríssimo aos níveis local e regional e inédito ao nível nacional. Deve dizer-se que os partidos dominam a selecção dos candidatos na política moderna."

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Partilha à porta da igreja de S.Domingos (bis)

É o estranho mundo em que vivemos hoje - e de que nos queixamos muito... A propósito, um comentário "entre nós": está, algures, por aí, neste blogue, um pequeno post que tem no título a palavra PORNO e que caminha para os dois mil visitantes. Ok!

Em contrapartida, há outro que tem no título a palavra PARTILHA e regista cerca de uma dezena de entradas. Repito-o aqui, na esperança de o "sentir", finalmente, visto. 

Não é um problema, mas pode ser um sintoma. Sintoma UNIVERSAL, que isto de blogues não tem fronteiras ou, quando muito, não tem China e "associados"...

Aceita-se, obviamente, a liberdade, mas ... mas pode ser preocupante a conclusão. No mínimo, "morremos (todos) do mal da pressa ..."

A PARTILHA

Ler e reler - com colaboração de um lápis


Este "post" é sobretudo para os jovens que aqui não esgotam, com o que aparece (e parece aparecer tudo ...), o conhecimento da vida e, portanto, para além dos livros obrigatórios nos cursos da sua opção (nem sempre vocação ...), lêem mais do que as primeiras páginas de um ou outro jornal.

Estou vestido de Quixote e, assim disfarçado, permito-me uma sugestão que posso garantir, a prazo, resulta, às vezes, espectacular (a prazo, na circunstância, podem ser anos ... Que é coisa difícil de engolir por quem se revê naquela anedota sexual do "ai que bom vai ser, não foi?...",).

Mas, como diria Agostinho da Silva: "vamos ao prático". E, no caso, o prático é ler um livro de lápis na mão e, à medida que se lê, sublinhar-lhe frases, ideias, parágrafos, que, naquele instante, o justificam. Depois ... depois, acabada a leitura da obra, com eventuais anotações para além dos sublinhados feitos "na hora", importa, sem falta, registar, na página de rosto do livro acabado de ler, a data em que isso aconteceu. O que vai querer dizer que, no mês e ano registados, o lido pela 1ª vez em ...acaba por, mais tarde,"revelar" como se viu, como se interpretou, e em que data, a passagem, o raciocínio expresso pelo autor da obra.

E agora, a "surpresa": a eventual releitura de um livro lido, por exemplo, a primeira vez dez anos antes, permite, além do mais, o diálogo do eu com o eu ... Que pode ser surpreendente, como se deixa ver.

Os meus livros estão sublinhados ... exemplifico:

____________________para a 1ª leitura.

------------------------- para uma 2ª leitura (às vezes, anos depois).

- . - . - . - . - . - . - . - . - .para uma 3ª leitura (se houver ...), etc.



e, na respectiva folha de rosto, "revelam" a data de cada uma desses sublinhados - às vezes iguais passados anos ...

Confissão pouco importante, mas ... mas é com esta "retaguarda" que aqui, às vezes, ouso aparecer. Vestido de D. Quixote, claro, mas isso é outra conversa ...
Exemplo de um "sublinhanço". No caso, 3 vezes na mesma página 
(quer dizer, em 3 leituras em anos diferentes).
A primeira foi a 3ª

A segunda foi a 1ª
A terceira foi a 2ª



Por uma Geografia da Pobreza na Europa - hoje


Há nas nossas estantes livros cujos títulos são provocações. GEOGRAFIA DA FOME, por exemplo. É, como se sabe, um estudo, são mais de quatrocentas páginas, datadas de 1975, acerca da fome no Nordeste brasileiro, assinadas por Josué de Castro.

Dir-se-á: mas o Nordeste brasileiro não tem nada a  ver com nenhuma região europeia actual. Sim, não terá, mas a fome, essa, por muito que doa, pode começar a ter ... Ou não?  Para já, ninguém, entre os "donos" da quinta, parece entender-se em Bruxelas. Entrementes, na Grécia, em Portugal, em Espanha, para só citar as zonas mais faladas, não havendo a aridez do Nordeste brasileiro no século passado, é, de algum modo, como se houvesse, porque não há trabalho, e não havendo trabalho há "novas" espécies de seca que são, por exemplo, as secas à mesa, as secas na saúde, e outras ...

É preciso escrever a GEOGRAFIA DA POBREZA na Europa. Para apresentar a quantos, sentados no Poder (em Bruxelas, nomeadamente), têm hoje particulares responsabilidades sociais.

Segundo Josué de Castro, in Geografia da Fome, "a literatura universal afirma serem necessárias 3000 calorias diárias para grupos humanos ocupados em trabalhos de intensidade média".

O que é que se passa em Portugal? E na Grécia? Espanha como está? Bruxelas está à espera que acabe por dar-se uma espécie de "aclimatação" pouco exigente? Quando os governos destes países, por exemplo, se queixam das dificuldades que sentem e das que pressentem no que se vai dizendo nos corredores do Poder, estão à espera de quê?

É urgente fazer o levantamento europeu da pobreza AGORA. AGORA que Bruxelas está reunida com outras cidades onde a fome espreita, como terá espreitado no universo estudado por Josué de Castro.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Olá, Macau!








Lembrar Jean Monnet: "um homem, um método"

Doze páginas no formato A5 lembraram, em tempo oportuno, Jean Monnet (de certeza que "esta coisa" explica tudo, numa qualquer Wikipédia, acerca do homem e da sua obra). Ora como os cidadãos, hoje, continuam muito baralhados, talvez não seja mau ("já o blogue tem catarro...") recorrer à sua autoridade póstuma: 

Jean Monnet:

"(...) Os países da Europa são demasiado pequenos para assegurarem aos seus povos a prosperidade e o desenvolvimento social indispensáveis."

"Sempre pensei que a Europa se construiria nas crises, e que seria a soma das soluções dessas crises."

"(...) Nada daquilo que devemos fazer para atingir o objectivo que fixámos é secundário."

"Os assuntos de Estado não têm necessidade do aparelho secreto, da agitação de emissários e das intrigas de que os rodeamos na realidade."

"Nada é possível sem os homens, nada é duradouro sem as instituições."

Cumpri a diversidade que está nos "estatutos" de um blogue produzido num banco (banco de jardim), mas falta fazer o mais importante que é você, o seu vizinho, toda a gente, ter trabalho e... e os tijolos de que se fazem os países e ... e a Europa de Jean Monnet. Porque "nada é secundário", "nada é possível sem os homens."



Última hora: em Bruxelas, "ricos e pobres" não se entendem quanto aos euros a disponibilizar p'ró bolo ...

Caro Jean Monnet, lá onde estás, "vê" o que podes fazer ... É que, como tu disseste, de facto, "nada é secundário"... Mas a regra parece ser "chacun a sa biche et les autres que se lixe."




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Porquê?...

Em Lisboa, na foto, com a maior simpatia e admiração,
o Dr. Carlos Lemos, Cônsul Honorário de Portugal, em Melbourne

"Nas tuas mãos começa a liberdade"

Manuel Alegre

Com as tuas mãos se faz a paz
... Se faz a guerra.

Ninguém pode vencer estas espadas:

Com as mãos tudo se faz ...
... e se desfaz.

Com as mãos se faz o poema
- e são de terra.
Com as mãos se faz a guerra
- e são a paz.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Nas tuas mãos começa a liberdade.






















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