sábado, 31 de agosto de 2013
Lá vem a Catrineta que tem muito que contar (13)
- Sabes quem é que foi o primeiro a discordar dessa coisa da mobilidade?...
- ???
- O motorista do Passos Coelho, mulher!...
De vez em quando ...
De vez em quando vou-me aos clássicos para do lido, sacar o sublinhado. Com interesse, sem interesse de quem aqui entra? Não sei. O que sei é que, nestes tempos de leitura rápida, ou mesmo de nenhuma leitura (nunca houve tantos meios a tentar ocupar o seu lugar ...), é preciso que algumas ideias (simples) regressem à primeira linha das mentes afogadas, por exemplo, de comunicados que anulam comunicados, de televisões que contradizem televisões, de rádios que, localmente, se degladiam com fins comerciais, etc
Regressemos ao simples:
D. Francisco Manuel de Melo (1650), in Carta de Guia de Casados
"(...) não basta plantar a murta no jardim, por de melhor casta que seja; para que o adorne faça figuras e lavores agradáveis é necessário torcer-lhes às vezes os caminhos, e outras cortar-lhes as vergônteas; e contudo nada aproveita se perpetuamente o jardineiro a não tosa e cultiva, porque viceja muito."
Regressemos ao simples:
D. Francisco Manuel de Melo (1650), in Carta de Guia de Casados
"(...) não basta plantar a murta no jardim, por de melhor casta que seja; para que o adorne faça figuras e lavores agradáveis é necessário torcer-lhes às vezes os caminhos, e outras cortar-lhes as vergônteas; e contudo nada aproveita se perpetuamente o jardineiro a não tosa e cultiva, porque viceja muito."
JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (113/254)
Vitorino Nemésio in Mau Tempo no Canal
"... há sempre intervalo entre um corte de corrente e o parar do motor."
"... há sempre intervalo entre um corte de corrente e o parar do motor."
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
SIM! Sim, ok!... E quando "todos" formos velhos?...
A gente percebe, claro que percebe ... Mas a família não é o McDonalds. Será que alguém se pode alimentar uma vida inteira só do JÁ, do AGORA?... Ou há UMA CULTURA de liberdade, daquela liberdade que termina onde começa o nariz do parceiro? Do "filho és, pai serás, como fizeres assim acharás ..."?
Imagens faladas (14) - Portugal em 4 retratos
Chegou da Austrália (é um dos meus entrevistados no livro Entre Vistas nos Arredores das Montanhas Azuis, de grata memória e já bastas vezes referido na ruadojardim7). Deu-me agora o prazer da sua visita em Portugal. Mas ... mas quis saber "como vão as coisas por cá ..." Procurei ser simpático, sem faltar à verdade que sempre esteve presente nas nossas conversas, por exemplo, há uns anos, em Sydney.
Entretanto ... mas ... desculpe, meu Caro, as fotografias não enganam ... Estamos assim. Este não é o seu retrato ... É O NOSSO. Reveja-se. Estamos a perder aquele ar trigueiro de que falavam as cantigas ...
Entretanto ... mas ... desculpe, meu Caro, as fotografias não enganam ... Estamos assim. Este não é o seu retrato ... É O NOSSO. Reveja-se. Estamos a perder aquele ar trigueiro de que falavam as cantigas ...
SOMAR, Amigo, pintor e caricaturista, presente!
JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (112/254)
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Voltando ao ESCREFOTOGRAFAR de ontem, AQUI
O prometido é devido ...
Entre Memória e Arquivo (Museu Berardo),
de um texto subscrito por Ruth Rosengarten - curadoura da exposição
"... Apesar de ter estado sempre presente, a subjetividade da imagem fotográfica - a sua capacidade de mentir, de fabricar ou de fantasiar tanto como a de dizer a verdade -, tornou-se muito mais explícita com o advento das tecnologias digitais, e as suas cada vez mais sofisticadas ferramentas de manipulação e imitação. Ao mesmo tempo, estas tecnologias digitais não se evadem de uma qualidade de testemunho que herdaram de tecnologias anteriores, cujos efeitos simulam. Todavia, o modo como exercem o seu papel testemunhal é algo diverso, sobretudo no que diz respeito à força dos seus avisos. "Olhe aqui" ou "Veja isto!" são desafios presentes quer numa fotografia tirada de um indivíduo numa festa e colocada numa rede social na Internet quer de um cidadão jornalista usando o seu telemóvel para testemunhar uma catástrofe. Mas é também uma instrução integral da prática dos mais sofisticados meios de televisão para nos trazer os efeitos do real numa transmissão "ao vivo". Em todos estes casos, a imagem serve de indicador apontando um acontecimento, chamando a atenção, tal como sucedia com os primeiros fotógrafos, para a realidade incontestável da sua ocorrência.
Uma vez que a fotografia e o arquivo partilham a obsessão com a qualidade indexical e a singularidade, é fácil compreender a razão pela qual, desde os meados do século XIX, a fotografia se tornou não apenas um pedaço de prova documental como igualmente um registo arquivistico por excelência (...)."
Voltando à "vaca fria": no jardim7, à semelhança do que se verifica em espaços congéneres, quase nunca há fotografia sem texto e vice-versa. Isto é, numa palavra, previligia-se a ESCREFOTOGRAFIA ... Para que se perceba bem o que se "pretende dizer" ... Ou "mostrar" ... E chega de conversa que vêm aí fotografias da Exposição (Berardo) ... que se entendem melhor... com o extenso "catálogo" explicativo ...
Entre Memória e Arquivo (Museu Berardo),
de um texto subscrito por Ruth Rosengarten - curadoura da exposição
"... Apesar de ter estado sempre presente, a subjetividade da imagem fotográfica - a sua capacidade de mentir, de fabricar ou de fantasiar tanto como a de dizer a verdade -, tornou-se muito mais explícita com o advento das tecnologias digitais, e as suas cada vez mais sofisticadas ferramentas de manipulação e imitação. Ao mesmo tempo, estas tecnologias digitais não se evadem de uma qualidade de testemunho que herdaram de tecnologias anteriores, cujos efeitos simulam. Todavia, o modo como exercem o seu papel testemunhal é algo diverso, sobretudo no que diz respeito à força dos seus avisos. "Olhe aqui" ou "Veja isto!" são desafios presentes quer numa fotografia tirada de um indivíduo numa festa e colocada numa rede social na Internet quer de um cidadão jornalista usando o seu telemóvel para testemunhar uma catástrofe. Mas é também uma instrução integral da prática dos mais sofisticados meios de televisão para nos trazer os efeitos do real numa transmissão "ao vivo". Em todos estes casos, a imagem serve de indicador apontando um acontecimento, chamando a atenção, tal como sucedia com os primeiros fotógrafos, para a realidade incontestável da sua ocorrência.
Uma vez que a fotografia e o arquivo partilham a obsessão com a qualidade indexical e a singularidade, é fácil compreender a razão pela qual, desde os meados do século XIX, a fotografia se tornou não apenas um pedaço de prova documental como igualmente um registo arquivistico por excelência (...)."
Voltando à "vaca fria": no jardim7, à semelhança do que se verifica em espaços congéneres, quase nunca há fotografia sem texto e vice-versa. Isto é, numa palavra, previligia-se a ESCREFOTOGRAFIA ... Para que se perceba bem o que se "pretende dizer" ... Ou "mostrar" ... E chega de conversa que vêm aí fotografias da Exposição (Berardo) ... que se entendem melhor... com o extenso "catálogo" explicativo ...
Das viagens: Turquia, cerâmica (modelar e/ou pintar)
Não há turista que distraia os artesãos ceramistas turcos, de resto, habituados a olhares curiosos. E, no caso, não foi um, nem dois, talvez também porque, na circunstância, as mãos conseguem dizer a estrangeiros o que as línguas pátrias, em princípio, não conseguem (excepção feita para os dos tapetes, que "voam" como podem de lingua para língua, como se fossem poliglotas ...).
Escrito isto, a amostra das amostras:
Como sempre, para o viajante, a dificuldade é sair sem comprar ... Já nos tapetes é diferente: as dimensões do produto acabado podem assustar, não obstante as facilidades de entrega ao domicílio (mesmo fora de portas ...) de que, em várias línguas, enchem os ouvidos dos visitantes estrangeiros ... À mistura com as variações nos valores indicados nas etiquetas, claro.
Escrito isto, a amostra das amostras:
Como sempre, para o viajante, a dificuldade é sair sem comprar ... Já nos tapetes é diferente: as dimensões do produto acabado podem assustar, não obstante as facilidades de entrega ao domicílio (mesmo fora de portas ...) de que, em várias línguas, enchem os ouvidos dos visitantes estrangeiros ... À mistura com as variações nos valores indicados nas etiquetas, claro.
JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (111/254)
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Escrefotografar
Escrever ou fotografar? Eça, Balzac, e outros, escreviam ou fotografavam? Acho que escrefotografavam ... Que é o que, com humildade, tento fazer na rua - em separado: escrevendo como sei e fotografando como posso (dependente que estou de dioptrias). Procurando, entretanto, safar-me - lendo muito, se possível (Do lido, o sublinhado). Mas, porque fui hoje ao C.C.B., talvez para aqui traga, não digo novidades, mas apetites de ver ... ver ao pé - graças ao escrito que tenho comigo, com muito alfabeto e um conjunto denso de pontos.
Fica dito, que é como quem diz, escrito. Ou melhor: escrefo tografado. À cautela, entretanto, vou já pondo as barbas de molho porque me cheira que, se não for a velha fotografia, a coisa vai continuar muitíssimo dificil para as letras ...
Voltarei ao assunto, se calhar, com uma transcriçãozinha que me disfarce a história das letras-fotos - ou das fotos que são letras ... Entretanto, ARQUIVE-SE - como está. Sem a chamada fotografia.
Fica dito, que é como quem diz, escrito. Ou melhor: escrefo tografado. À cautela, entretanto, vou já pondo as barbas de molho porque me cheira que, se não for a velha fotografia, a coisa vai continuar muitíssimo dificil para as letras ...
Voltarei ao assunto, se calhar, com uma transcriçãozinha que me disfarce a história das letras-fotos - ou das fotos que são letras ... Entretanto, ARQUIVE-SE - como está. Sem a chamada fotografia.
Publicidade e sociedade no séc. XX * ( 1 )
* no Museu Colecção Berardo
"Colecção Berardo de Arte Publicitária, única no mundo inteiro, possui um interesse inigualável, congregando exclusivamente originais de publicidade pintados à mão."
"Colecção Berardo de Arte Publicitária, única no mundo inteiro, possui um interesse inigualável, congregando exclusivamente originais de publicidade pintados à mão."
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