sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Graça Moura, escrevo na língua que escreve. Bem-haja!

Perdido no emaranhado dos entusiasmos pela presença portuguesa no Mundo, sei que devo ao Dr. Graça Moura, pelo menos, uma palavra de incentivo no prosseguimento que, em determinado período desse calor, me terá manifestado pessoalmente, ou através da sua equipa, na Comissão dos Descobrimentos, creio, mas NÃO SOU CAPAZ de determinar esse momento, porventura, na década de 80. Mas há, entretanto, uma coisa que sei e posso afirmar: é na lingua que escreve que escrevo - AGORA E ATÉ SER OBRIGADO a que respeitar outra ortografia.


Almada Negreiros, a p.b., sem mural que lhe valha

Conheci Almada Negreiros, em Lisboa, no Diário de Notícias, na avenida da Liberdade, 264 (na parede principal do grande átrio) e no 266, a seguir à porta giratória, na parede à esquerda de quem entra. Ainda lá está. O que se vê é menos, por falta de movimento no prédio, causada por blogues, mas, sobretudo, por televisões e algumas clandestinidades contemporâneas, que afastam as pessoas do papel de jornal ... Tudo é plástico ou vidro, ou coisas do género e ... e, assim, para falar verdade, não há mural que resista ...





Novo Ano Chinês

À memória de Monsenhor Manuel Teixeira, que, na minha primeira viagem a Macau, me ofereceu, com um sorriso cordial, votos de

AMIZADE

BONS NEGÓCIOS

LONGA VIDA

que aqui se repetem também para os nossos que, em particular, vivem e trabalham em Macau como se estivessem no melhor do seu país de origem.



Recortes do dito e feito (1)

Do que parecer com eventual actualidade, publicarei aqui, a partir de hoje, apontamentos MA que, nomeadamente, o DIÁRIO DE COIMBRA, ao longo de anos, simpático, inseriu nas suas edições de domingo, na rubrica Chuva Miudinha.

Mas começo com a excepção: um apontamento divulgado na OEIRAS ACTUAL que, aceite com aparente entusiasmo pelos Lions locais, se terá cruzado, posteriormente, com não se sabe o quê ... que acabou na minha nunca imaginada saída desses mesmos Lions Clube (de Oeiras - Tejo), por não ter percebido, após ENTUSIASMO inicial em relação ao escrito, o atraso, o enormíssimo atraso na divulgação do que pretendia ser MOTIVADOR, apenas motivador, de novos abraços. Aqui fica agora, numa espécie de reprise, ainda e só, para dizer, indirectamente, o mesmo, isto é, o mesmo que escrevi enquanto Assessor para ... para a Comunicação Social (que nunca consegui ser):

- IDE e COLABORAI, que, por lá, todos são, ou devem ser, assim: veiculos do bem do próximo. Sem protagonismos.



Entretanto, o texto do eventual desencontro (o que pareceu, foi?...):

Ser.
Mal cheguei, no meio de acolhedoras saudações, disseram-me: SERVIR. Fiquei a pensar. 
Servir? Sim. concordei. Servir! Isto é, Ser - inteiro. Isto é, revolucionar com as armas do sorriso.
Ser, Servir, Trabalhar.
Solidarizar (-se) - tudo na mesma página do dicionário. Isto é, Abraço sem holofotes; Amor - discreto, mas consequente. Poema.
Timor - ontem e agora: acção.
Comunidades portuguesas longe do berço: entreajuda.
Camões e Pessoa: Ser Português pelo entendimento. Também fora dos encontros com acta.
Em África, nas Américas, no Oriente. Em Portugal.
No Mundo. Onde estiver o Outro. Lion ou não.
Multiplicar as dezenas pelas dezenas e conquistar milhões, biliões de companheiros.
Fomentar a amizade. Abraço contra sorriso, ou nem isso.
Colaborar. Sentir. Transformar. Viver com. Sem algemas mentais, sobretudo. Acreditar e, em última instância, ser Lion sem o ser "de papel passado". Mas ser. Para olhar em frente e construir. Em cada gesto.
Economizando palavras, multiplicando obras. Cilindrando utopias em nome de novas utopias. E, assim, Estar, propondo: no campo, aos da fruticultura, mais uvas com, se possível, menos parras;
na Escola, aos escultores da juventude, mais saberes e menos egoísmos.
Para que a fraternidade cresça, o voluntariado prolifere e a paz se instale. "Num abraço toda a Humanidade."

E nunca mais consegui ESTAR COM ... Ainda hoje gostava de saber porquê.





CARTAS VÁRIAS de/para Agostinho da Silva (10)


JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (244/254)


Anos 80, do século passado: BOMBAIM e os muros-casa

Sabes o que é miséria? Já estiveste em Bombaim? Não? Eu penso que vi a miséria - em Bombaim, antes de a conhecer em Portugal. Mas não posso jurar que hoje, se ainda existe, seja como a surpreendi nos anos oitenta do século passado. Não!

(de resto, tenho que confessar que, entretanto, em Lisboa, na última década, pelo menos, a zona de Santa Apolónia, "rivaliza", e entristece quase tanto, ou mais, por ser nossa, como a encontrada então na velha cidade indiana).

Socorro-me, contudo, mais do que das negativas emoções de hoje no meu país, do que então tive ocasião de escrever no decurso de uma Volta ao Mundo, no caso, acabado de chegar de uma acolhedora Goa indo-portuguesa:

a dois passos do sumptuoso hotel que, em Portugal, me fora marcado para pernoitar, numa movimentadíssima avenida da cidade, dezenas de pessoas a "viver" em "casas desenhadas" num muro, quase negro de fumo, onde se podiam ver pendurados velhos utensílios "domésticos", cabides improvisados por cima de dois tijolos carbonizados e, no chão, o que não podia andar pendurado no corpo ..." ou "não se segurava" no muro-casa ...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Libertação

Óleo de Emília Alves



Lembrar Agostinho da Silva e outros, muitos, que tudo deram ...

Num oportuno e actual e-mail recebido, o assunto é: ser ou não ser, digamos, eternizado no Panteão Nacional português.

E ficando, como é evidente, a léguas do tema abordado, mas, como quem não quer a coisa, analisando a quantidade de visitas aos blogues que há por aí, porque será que Cristiano Ronaldo, por exemplo, ganha, com larga margem, a Agostinho da Silva?

Não sabe quem foi Agostinho da Silva? ... Bom, é fácil: se tiver tempo, antes de abrir em Ronaldo, dê um salto aos arquivos da NET e, por favor, leia quem foi o Agostinho (da Silva) ... Sem esquecer o Ronaldo, o Eusébio e outros, claro.

O Agostinho "jogava bem"
às IDEIAS e às PALAVRAS


O aeroporto de Beja

in À Sombra da Minha Latada, de MA (com actualização)

Convocam-se plenários. Discute-se. Ouve-se o que se gosta e o que não se gosta. Cochicha-se. Sai-se. Entra-se de novo. Segreda-se ao ouvido da presidência. Volta-se. Nomeiam-se comissões. Que discutem. Que cochicham. Que segredam. Que nomeiam subcomissões que procuram obter pareceres técnicos, primeiro nacionais e depois estrangeiros.



Chovem relatórios. Despachos que despacham. Despachos que ordenam. Ordenam mais pareceres de novas subcomissões. Que reúnem. Amanhã e quinze dias depois. Para dar tempo. Tempo a um estudo mais profundo. O assunto tem várias implicações não só políticas como económicas e sociais. É preciso ouvir, por isso, diversos ministérios. Que reunirão em plenário. Onde se ouvirão coisas agradáveis e outras que o não serão. Onde se cochichará. E se nomearão comissões que, por sua vez, delegarão em subcomissões que farão mesas redondas entre si. E, mais tarde, trabalharão em equipa que, inicialmente, não será interministerial.

Mas virá depois uma ordem, UMA ORDEM. Há que reunir agora interministerialmente.

Minutam-se cartas.Fazem-se horas extraordinárias. Correm os contínuos. Preparam-se antecedentes. Descobrem-se falhas. Procede-se a uma reconstituição. Telefona-se para a 1ª Repartição. Almoça-se com o chefe da 2ª. Em segredo. Prepara-se tudo para a interministerial. Obtêm-se os nomes dos outros participantes. Informa-se o director que nada sabia. E que, logo a seguir, chama a secretária e o contínuo ao mesmo tempo. Ouvem-se ordens. Tocam telefones. Fazem-se reuniões. Interministeriais. Ministeriais. Plenárias. Especializadas. Discute-se. Segreda-se. Cochicha-se. E dactilografam-se relatórios sobre pareceres e pareceres sobre relatórios. Consulta-se bibliografia. Fazem-se traduções. Pedem-se orçamentos. Cá dentro. E lá fora - só para confirmação.

Desafio: LER ATÉ AO FIM, sem parar ... E pedir aos amigos que tentem fazer o mesmo ...

Fazem-se contas. Abrem-se cartas. Reúnem-se as subcomissões. E as comissões. Erguem-se braços. Baixam-se braços. Cochicha-se. Sai-se. Entra-se de novo. A mesa é afastada com um voto de censura. Volta a votar-se. Por escrutínio secreto agora. Surgem novas caras na mesa. Votam-se novas comissões. E novas subcomissões. Consultam-se "dossiers". Fazem-se sindicâncias. Estudam-se reintegrações. Procede-se a um inquérito. Fala-se em saneamentos. Elaboram-se processos disciplinares. Discute-se futebol. E o entremeio da colcha. Chama-se o contínuo. Compra-se contrabando e envia-se um parecer. Para juntar ao relatório. Que anula o da comissão que mandara a subcomissão ouvir o parecer do técnico estrangeiro por intermédio do especialista nacional do outro ministério e que haveria de ser apensado aos orçamentos em tempo pedidos, mas que carecem de actualização.

Pedem-se novas propostas. Ouve-se a opinião pública. Solicitam-se entrevistas. Convoca-se a imprensa. A rádio. A televisão (do programa Prós e Contras dizem presente!...). Dá-se um prazo para sugestões.

Reúnem-se a comissões centrais. As distritais. As concelhias. As de freguesia. As de bairro. Que, por sua vez, emitem comunicados. Fazem reuniões. Comícios. Fala-se do assunto cinco minutos e a assembleia demora noventa. E aprova a proposta do senhor que estava na primeira fila. Por aclamação.

Conhecem-se agora todas as opiniões. As das bases e das cúpulas. Está decidido: 
haverá TGV, haverá nova Ponte sobre o Tejo, haverá novo Aeroporto em Lisboa e, em breve, vamos repensar o que inaugurámos na semana passada em Beja.


Cristiano Ronaldo - com pés e cabeça


Em 1991 - O drama de Timor vivido em Macau ( 6 )


CARTAS VÁRIAS de/para Agostinho da Silva ( 9 )



























JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (243/254)


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

FUNDO DO BAÚ * - Inauguração do Bureau C.E.E., em Lisboa

* Explicação prévia, eventualmente desnecessária - porque repetida: este é um banco de jardim, no caso, da ruadojardim7 e, por isso, uma espécie de MAGAZINE aberto a tudo e a todos, vendo na variedade a sua eventual riqueza, surpresa. Daí ...


                             QUEM É QUE TEM ESTA FOTOGRAFIA?
                         QUEM É QUE SE LEMBRA DESTE MOMENTO?



Lisboa, 29 de Setembro de 1979

Lorenzo Natali, vice-presidente da União Europeia
e Corrêa Gago, ministro da Coordenação Económica e do Plano

Passos Coelho e Salazar, segundo Mário Soares

É hoje notícia. E a notícia provoca, não elogios a ninguém, mas reflexão. E a reflexão conduz ao aprofundamento. E o aprofundamento a um "alto e pára o baile": Salazar não roubou - afirma Mário Soares. Passos Coelho rouba, nota, não um qualquer, mas o mesmo Mário Soares.

Não percebo nada de economia, nem de finanças, mas, da minha "tricheira" (não partidarizada) de ex-trabalhador, deixem-me que proponha "a mais ampla" análise das Contas Públicas (e privadas até ao limite do possível: património à partida e património HOJE) para, finalmente, sem demagogia, ver que dedos pecaram, onde e porquê.

Que detesto ver proventos  (com cheiro a suor) violados, DETESTO!

Que detesto demagogia, DETESTO!

Se Passos Coelho tem parecenças com Salazar, quiçá!...

Mas melhor será analisá-las - para as combater, tendo presentes TAMBÉM, se possível, as Contas do Poder depois do 28 de Maio. Não se perdia, por exemplo, um estudo como foi O DESENVOLVIMENTO EM PORTUGAL - ASPECTOS SOCIAIS E INSTITUCIONAIS, de A. Sedas Nunes (1971) - aplicado ao tempo presente.  À Alta Velocidade, às histórias do Aeroporto de Lisboa, às Pontes sobre o Tejo, etc, etc. Quem estava interessado em quê e porquê ...

Sem medo de mordaças.




Ainda Goa: "História do menino goês que retratou Camões" *

*Diário de Notícias de 23 de Dezembro de 1981










"Era uma vez um menino chamado Anant que tinha 5 anos e nasceu em Goa. Um dia viu umas pinturas do tio Vamona e perguntou-lhe o que queriam dizer. O tio disse-lhe: são desenhos e pinturas que explicam "Os Lusíadas. Então o tio Vamona explicou-lhe que "Os Lusíadas" eram a história muito linda de um povo chamado português que, muitos anos antes, vivera em Goa. O autor desse livro era Luís de Camões que morreu há 400 anos e vivera também em Goa.

E o menino goês perguntou:

- E que é que ele leva  aqui na mão, quando vai a nadar?

- O barco foi ao fundo. E Luís de Camões, por gostar muito dos versos contando a história dos portugueses que chegaram à India pela primeira vez, salvou-os nadando só com um braço.

E o tio Vamona contou com alguns pormenores a história guardada em "Os Lusíadas" que era também a história de Portugal. E que por fazer versos tão bonitos lhe puseram uma coroa de louros na cabeça.

Depois o menino disse:

- Gosto de Camões e de "Os Lusíadas". Posso fazer o retrato do poeta com a coroa?

E assim nasceu o terceiro retrato de Camões feito em Goa, vinte anos após já não haver portugueses em Goa.

Resta dizer que o menino chamado Anant Esvonta Sinai Navelcar não sabe uma palavra de português e que o tio Vamona A. Sinai Navelcar teve de falar em inglês. Pouco mais de um quarto de século envenenado pela política biliosa de Salazar, que cortou relações culturais com a India independente, chegaria para que um menino de cinco anos só aprendesse o idioma de sua majestade a rainha Vitória de Inglaterra "pacificadora" da India.

É por isso que aqui se dá o retrato de um menino chamado Anant a retratar Camões. Talvez que muitos outros daqui em diante aprendam português para saberem ler "Os Lusíadas" e ouvirem na sua língua outros tios Vamona contar a história de Camões..."

Goa - 1980

Governador Cor. Partapsingh Gill
e
Primeiro-ministro Raoji Rane

Governador e Primeiro-ministro (um pouco tremidos nas respectivas fotografias), numa Goa, Damão e Diu em paz, com a estátua de Camões, na altura, ao ar livre, onde os portugueses a deixaram.

Depois ... depois, provavelmente, com outros governantes: "Camões não te queremos aqui que te constipas ..." E resguardaram-no num museu. No museu onde, à sombra, já estavam, há muito tempo, óleos com Salazar e Tomás.

Terá sido um periodo complicado. Mas Antunes Ferreira, de um blogue aqui ao lado, é que, nomeadamente, sobre o assunto, deve "saber tudo" ... Certo, certo é que, hoje, pelos modos, entre Portugal e a India, tudo parece estar bem - e isso é importante, além do mais porque a História é a História e, no caso, Goa é Goa, num país tão grande quanto difícil, ao que se sabe.

Em 1991 - O drama de Timor vivido em Macau ( 5 )


CARTAS VÁRIAS de/para Agostinho da Silva ( 6 )


JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (242/254)


Goa rima com Lisboa

Para o Antunes Ferreira, da Travessa do Ferreira, que ontem, via "esta coisa",  na Goa, da minha emoção, se lembrou, uma vez mais, dos Amigos.

Saúde, Companheiro!

























1980

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A política e as moscas


Aproximando-se do final a publicação, aqui, de fotografias de páginas antigas do "velho" Jornal Novo, não sendo obrigatória, talvez seja significativa a eventual conclusão, em jeito de remate do visto e/ou relido, que ... que

em política, só as moscas é que mudam ...

Repete-se, a propósito, uma caricatura publicada no Jornal Novo (26 de Janeiro de 1978) em que os observados são ...










E está tudo dito ...


Inverno


Paula Rego - pintora de interiores (de gente)

Paula Rego, aqui, no jardim, onde, hoje, a invernia trouxe, à luz cinzenta do avesso, rostos que costumam aproximar-se para ouvir, no coreto, trompas marciais ...








Dominguizo - enquanto não chega o autocarro ( 2 )

Só para fazer o ponto da situação d'amigo: como vão as coisas?

A FARTURA EM 2ª MÃO e a Crise 2013/14 *

* Eu explico: este apontamento (1978) publiquei-o em À Sombra da Minha Latada e referia-se ao livro então à venda, um pouco por todo o lado, com o título "Aproveitamento de Sobras". Republico-o agora que a República está a precisar ... Eventualmente, com novas sugestões ...










"Há por aí à venda um livro que, a meu ver, vai ficar na história como uma das edições mais úteis que se fizeram até hoje em Portugal.

Chama-se ele "Aproveitamento de Sobras" e trata, naturalmente, da forma de cozinhar os excedentes de cada dia. Excedentes em bom estado, entenda-se. De qualquer  modo, sobras - o que não deixa de ser, em princípio, um sintoma do franco optimismo que norteia o editor. O certo é que para existirem sobras tem que haver comida e para esta existir é sinal de que não há fome.

Estamos, pois, "felizes e contentes": Portugal tem sobras.

Contrariamente ao que se diz, há comidinha a mais na nossa casa.É por isso boato o que se ouve falar, relativo ao espectro da fome que já pairaria sobre nós. Não senhor: há paparoca para todos. E sobras.

A leitura do livro impõe-se, embora não seja urgente, já que, pelos modos, ainda ninguém deixou de comer a sua refeiçãozinha.

Por muito estranho que pareça, contudo, o simples facto de ter lido aquele título tão optimista, deixou-me preocupado. Sem saber bem porquê. Ou melhor: assaltou-e a ideia estúpida, com certeza, de que as sobras de que o livro trata são as que o estrangeiro nos dá - depois de se ter regalado com a comidinha acabada de fazer a partir do produto do seu trabalho intenso e continuado. Para nós estaria reservado o papel de aproveitadores das sobras alheias. Comeríamos, assim, tudo em 2ª mão (...)"

Isto foi o que escrevi, e publiquei, em 1978, como referi ... Parece-me, no entanto, que perdeu actualidade: é que, agora, com frequência, nem sobras há ... Que o estrangeiro está quase na mesma ... É a CRISE.

CARTAS VÁRIAS - de/para Agostinho da Silva ( 5 )

Ponha lente nisto ... e leia Agostinho da Silva no Jardim



























Em 1991- O drama de Timor vivido em Macau ( 4 )


Cemitério Père-Lachaise (Paris)
























Ler, aqui, "post" de 15 de Outubro de 2010



JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (241/254)




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Homenagem a GILBERTO LOPES - um beirão quase macaense


Macau: ARTIS Revista de Arte nº 1

Outubro de 1978


































Do Editorial da edição aqui recordada para que "na Natureza nada se perca ...":

"Buscamos divulgar cultura artística a partir dos valores 
que um encontro de duas civilizações, velho de quatrocentos anos, desenvolveu."
                                          

















Não me lembro de ver tanta irritação latente ...

Ela é no autocarro. Ela é no supermercado. Ela é no trânsito. Ela é nas famílias. E quando não se vislumbram razões directas de irritação, aparece o fenómeno a que, salvo erro, os psicólogos chamam transferência. Transferência entre amigos, entre familiares. Entre conhecidos, por exemplo, na mesma fila para uma consulta médica. Na hierarquia familiar: filhos contra pais, pais contra filhos, netos contra avós, avós contra netos. Divórcios a propósito de nada ou de muita coisa que esteve à espera de uma oportunidade para "acontecer"... Descendências apanhadas na curva numa constante desconfiança a propósito do que se passa em redor... Transferências permanentes em todo o lado. Os que não fizeram mal, vítimas dos que foram maltratados por outros e ... e que precisam de arranjar "bombos da festa" para se "recomporem" ... A que ACRESCE o desemprego, os recursos em diminuição progressiva, a ausência de perspectivas, a saturação, as praxes académicas e outras que soam a oportunidades de vingança, de descargas violentas de um quotidiano cruel, implacável.

"A Esperança é possível!" Sim, é ... Mas num Mundo Novo.De gente com cabeças lavadas por dentro e... e  mãos limpas.


Em 1991 - O drama de Timor vivido em Macau ( 3 )


CARTAS VÁRIAS - de/para Agostinho da Silva ( 4 )

PONHA LENTE NISTO ... e leia Agostinho da Silva - no Jardim


JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (240/254)


domingo, 26 de janeiro de 2014

Interior - fruta madura com fundo verde


TVI SOMOS PORTUGAL-prémio em dinheiro ou em cartão? *



Se é em dinheiro, não estão a mentir quando verbalmente o anunciam e repetem vezes sem conto.

Se não é em dinheiro e a Polícia ouve o programa, o que está a fazer a Justiça?

* e nos outros canais da televisão portuguesa, o que é que se está a passar?

Diga quem souber. 

Dois milímetros mais no preço











Repare-se bem no PORMENOR: ambos os rolos de papel custam o mesmo, mas, MAS o de cima tem um buraco central  com mais DOIS MILÍMETROS de diâmetro do que o de baixo ... Sendo do mesmo fornecedor.

Assim vai a coisa: aumenta-se o buraco (das familiares contas) e está resolvido.

Mensagem para DOIS assíduos visitantes a este Desassossego



 Não direi que fico eternamente grato por isso, mas ... mas acharia graça. Sobretudo, numa altura em que (número eventualmente modesto para blogue) registo quase, quase 100 000 visitas ao escrito ou mostrado - aqui, na rua - Rua do Desassossego.

Amanhã

Digam-me como é que vai ser amanhã, se hoje a tormenta do desemprego ronda as famílias.

Digam-me como é que vai ser amanhã se hoje a fome ronda as nossas casas.

Digam-me como é que vai ser amanhã se hoje a maior parte da Humanidade não pode aplicar o que aprendeu.

Digam-me como é que vai ser amanhã se hoje, quando estamos a fazer carícias às crianças que nos estão perto, a televisão mostra outras crianças com armas nas mãos que os mais crescidos lhes deram.

Digam-me como é que vai ser amanhã se hoje não querem que eu fale.

Digam-me como é que vai ser amanhã se hoje não querem que eu veja.

Vá, DIGAM-ME!




Em 1991 - O drama de Timor vivido em Macau ( 2 )







































Recorte de um jornal de Macau, publicado em tempo oportuno

CARTAS VÁRIAS - de/para Agostinho da Silva ( 3 )

PONHA LENTE NISTO ... e leia Agostinho da Silva - no Jardim (MA, neste caso)

JORNAL NOVO retratos p.b. 1975/76 (239/254)


sábado, 25 de janeiro de 2014

Praxe *

* in Dicionário de Sinónimos

PRAXE: costume, etiqueta, execução, exercício, formalização, ordem, pragmática, prática, prazi, realização, rito, senda, sistema, uso.

COSTUME: 
Cataménio, chara, costumagem, costumança, doito, empresa, enga, estilo, exercício, experiência, fantasia, for, fórmula, foro, hábito, habitude, lado, maneira, manha, mania, mênstruo, método, moda, mundo, particularidade, prática, praxe, procedimento, ramerrão, regimento, regra, soeira, tenência, traço, trajo, usança, uso, vestuário, vezo.

ETIQUETA:
Cerimónia (...).

EXECUÇÃO:
Prepotência (...).

EXERCÍCIO:
Agitação (...).

FORMALIZAÇÃO:
Executar (...).

ORDEM:
(...) Praxe (...).

PRAGMÁTICA:
(...) Sanção (...).

PREPOTÊNCIA:
(...) Tirania (...).

PRÁTICA:
(...) Arenga (...).

REALIZAÇÃO:
(...) Execução (...).

RITO:
(...) Seita (...)

SENDA:
(...) Carreiro (...).

SISTEMA:
(...) Hábito  (...).

USO:
(...) Deterioração (...).


Queridos Estudantes, o que é vocês andam a fazer que não seja prepotência?

É que, a ser PREPOTÊNCIA, é: 

(...) Arbitrariedade, despotismo, opressão, tirania. E daqui não se sai ...






in memoriam

Ao Fernando, comunista convicto, vencido da vida, de que "herdei" livros que não conhecia, mas ajudam a perceber ...

Paz onde quer que, se estiveres, estejas!





Em 1991- O drama de Timor vivido em Macau ( 1 )












Conheci Herculano Estorninho em Macau, 1980 (amplas referências a seu respeito, aqui ao lado, na anfitriã de blogues e saberes vários), numa altura em que era, nomeadamente, director do Hotel Sintra. Mais tarde voltei ao território e Estorninho ofereceu-me recortes de jornais locais com reportagens e/ou apontamentos acerca de Timor, que ele tanto amava. Quem sabe se a "pedir-me" a sua posterior divulgação - em Lisboa, ou onde quer que fosse ...

Não adianta agora publicá-los, dir-se-á, mas talvez adiante lembrá-los... São, quer se goste, quer não, pedaços da história de Timor - que mal não faz ter presentes, "não vá o diabo tecê-las"...

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