sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Por uma Geografia da Pobreza na Europa - hoje
Há nas nossas estantes livros cujos títulos são provocações. GEOGRAFIA DA FOME, por exemplo. É, como se sabe, um estudo, são mais de quatrocentas páginas, datadas de 1975, acerca da fome no Nordeste brasileiro, assinadas por Josué de Castro.
Dir-se-á: mas o Nordeste brasileiro não tem nada a ver com nenhuma região europeia actual. Sim, não terá, mas a fome, essa, por muito que doa, pode começar a ter ... Ou não? Para já, ninguém, entre os "donos" da quinta, parece entender-se em Bruxelas. Entrementes, na Grécia, em Portugal, em Espanha, para só citar as zonas mais faladas, não havendo a aridez do Nordeste brasileiro no século passado, é, de algum modo, como se houvesse, porque não há trabalho, e não havendo trabalho há "novas" espécies de seca que são, por exemplo, as secas à mesa, as secas na saúde, e outras ...
É preciso escrever a GEOGRAFIA DA POBREZA na Europa. Para apresentar a quantos, sentados no Poder (em Bruxelas, nomeadamente), têm hoje particulares responsabilidades sociais.
Segundo Josué de Castro, in Geografia da Fome, "a literatura universal afirma serem necessárias 3000 calorias diárias para grupos humanos ocupados em trabalhos de intensidade média".
O que é que se passa em Portugal? E na Grécia? Espanha como está? Bruxelas está à espera que acabe por dar-se uma espécie de "aclimatação" pouco exigente? Quando os governos destes países, por exemplo, se queixam das dificuldades que sentem e das que pressentem no que se vai dizendo nos corredores do Poder, estão à espera de quê?
É urgente fazer o levantamento europeu da pobreza AGORA. AGORA que Bruxelas está reunida com outras cidades onde a fome espreita, como terá espreitado no universo estudado por Josué de Castro.
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