Caro Almeida Serra, como me alegra continuar a saber-te em lugares de grande responsabilidade pública. Vais-me permitir, por isso, que lembre aqui, neste espaço em que talvez não esperes encontrar-me (acredito que alguém amigo acabará por to citar ...), para lembrar os tempos em que, NOTÁVEL (livro de estudo aberto) conduzias, do r/c ao 4º andar, o elevador manual do edifício do Diário de Notícias, onde, paquete que eras, não "vias" ninguém, enquanto, com o traseiro, conduzias as pessoas aos diferentes pisos. Por outras palavras, foste, espero que tenhas sido sempre, alguém, que, no verdadeiro sentido da palavra (se não houve política posterior a ajudar-te), subiu a pulso ao (aos) lugar (es) que ocupas e/ou tens ocupado (ministro do Mar, creio, também). Este escrito é, pretende ser uma homenagem, simples embora, AO TRABALHO E À PERSISTÊNCIA - que, em ti, espero sem mácula.
Um abraço, com a cordialidade que, acredito, imaginas.Estou no que escrevo - agora, AQUI.A caminho dos 80 (anos, que mensagens são, para além de livros, cerca de oitocentas - neste espaço).
"José de Almeida Serra alerta que Portugal terá, em 2050, cerca de dois activos por reformado. Uma estatística que “economicamente não parece sustentável”. O responsável sublinha que mesmo nas mutualidades não há dinheiro a fundo perdido, considera que o Estado Social não está condenado ao desaparecimento e sugere a criação de um novo modelo para o regime da Segurança Social para fazer face ao envelhecimento da população.
Todas estas questões surgem no âmbito do Seminário “Envelhecimento da População: consequências económicas, sociais e organizacionais”, que se realizou hoje no Auditório do Montepio, em Lisboa.
O aumento da esperança média de vida, associado à diminuição das taxas de fertilidade, conduzirá muitos países europeus, incluindo Portugal, a um considerável envelhecimento da população. Em termos genéricos, quais as consequências económicas, sociais e organizacionais do envelhecimento da população?As consequências são enormes, qualquer que seja a óptica de apreciação. Historicamente acontecia ao Homem o que acontecia a qualquer outro animal: morria cedo e morria depressa, sem causar grandes despesas aos descendentes, tradicionalmente único sustentáculo na velhice. Por isso, as famílias tinham muitos filhos, que não eram um peso económico, constituindo, antes, uma garantia para o futuro. Em Portugal ainda era assim nos anos de 1940 e 1950."
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