* revelações dos nazis a um psiquiatra americano (Leon Goldensohn)
Da entrevista a Paul Schmidt, intérprete de HITLER
"... Perguntei-lhe que sentimento tinha em relação à Rússia. Schmidt respondeu: "Sou naturalmente anti-russo, como a maioria dos alemães. Admiro os feitos russos nas áreas industriais. Já fui a Moscovo. Não concordaria com a aplicação do sistema russo à nações ocidentais. Não condeno o sistema e reconheço os bons resultados que tem dado no contexto adequado. Só que, para se ser comunista, é preciso ser-se fanático. Desconfio muito de todos os sistemas que exigem fanatismo. Estou convencido de que o mundo seria um lugar melhor se as pessoas estivessem satisfeitas coma quantidade de alimentos à sua disposição e com um trabalho que as mantivesse ocupadas (...).
Se esse problema fosse resolvido, não haveria "ismos".Logo, o problema económico é a questão fundamental. Se o problema económico fosse resolvido, os extremistas já não conseguiriam perturbar o mundo.(...) O comunismo e o nacional-socialismo não são de forma alguma a mesma coisa, mas brotam das mesmas fontes."
SÓ AGORA, SÓ AGORA li, acabo de ler, o livro de Leon Goldensohn,
ENTREVISTAS DE NUREMBERGA, revelações dos nazis a um psiquiatra americano, e ("bomba que seja") perceber o que, sendo mau, "obrigando-me" a uma infância difícil (confesso-o), põe, de algum modo, no mandato, sobretudo, inicial, de Salazar, por exemplo (quem tem medo de o escrever?...), um certo "manto diáfano da fantasia" - "livrando-nos do mal ..."
Com efeito, numa Europa em convulsão hitleriana, no livro todo, não há uma única referência a Portugal - que me lembro de ver anormalmente sobrevoado, mas sem me impedir de ir à rua de mão dada com minha mãe - vítima, como todos, creio, de conjunturais racionamentos, mas longe de ... de Nuremberga.
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