... mas, quem frequenta este banco, e outros bancos de jardim, tem inquietações e é legítimo que as tenha porque passam pelo seu quotidiano.
Hoje de manhã, por isso, havia no ar perguntas:
- Acabam de me condenar ao desemprego, ou não?
- Ganho pouco, vou ganhar mais?
- E, se sim, quando? E quanto?
- O que é que vai acontecer aos eventuais depósitos do Zé na banca?
- Vai haver mais ou menos falências das empresas?
- Em que vai, se vai, melhorar o Serviço de Saúde para que sempre paguei?
- O familiar/o amigo que sei, há largos meses, no desemprego, que perspectivas lhe podem ser garantidas no curto e médio prazos?
- Os transportes vão ser mais baratos ou vai aparecer quem se desfaça em explicações para o não fazer?
- A emigração por razões económicas vai aumentar ou diminuir?
- Os jovens saídos da Universidade vão ou não continuar a ter dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e a figura do "estagiário" vai ser claramente limitada?
- Como é que vai dinamizar-se a economia?
- A água, a luz e o gás vão baixar ou subir?
- A liberdade de expressão vai manter-se ou haverá (crescente ou não) tendência para o seu controlo partidário?
- Politicamente, o poder vai conseguir equilíbrios partidários que não afectem os contrários?
- No que se possa prender prender com o bem-estar quotidiano dos portugueses o que é que vai acontecer a nível internacional - no quadro da Europa a que Portugal está formalmente ligado?
- Em que Europa, finalmente, vamos viver?
- Que justiça é expectável?
- Vamos ter um Novo Estado ou um Estado Novo?
- Vai, ou não, haver caça às bruxas?
- Devia, ou não, o Presidente da República revelar-se irritado com o que tinha para dizer a todos os portugueses?
- E AGORA?
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