quinta-feira, 3 de junho de 2010

Alegre, o Errante que quer ser presidente *

O oitavo soneto do Português Errante

"Fui Gonçalo da Maia o Lidador
campeando por meu reino imaginário
e entre ser ou não em Elsenor
já fui o desditoso o solitário.

Fui Príncipe banido deserdado
treze vezes cativo em Aquitânia
trago um país de exílio desterrado
na grande solidão de Lusitânia.

Viúvo sempre de qualquer idílio
eu sou o peregrino o desditoso
que a si mesmo se busca e não se encontra.

O meu próprio país é meu exílio
por isso o meu combate é sem repouso.
Eu sou o que nasceu para ser contra."

 * Grande Prémio de Poesia da A.P.E.


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