domingo, 26 de dezembro de 2010

Ninguém!...

 Camelos e automóveis numa rua do Cairo. Foto M.P.
Alguém, ao volante, sem conta-quilómetros no carro, travou de repente para não esmagar um gato: não teve importância, foi só pneu...

Alguém ao volante, distraído, "encostou" ao da frente: não teve importância, foi só (pouca) chapa)...

Alguém, ao volante, meteu travões a fundo e surpreendeu, "sem consequências", um peão: não teve importância, tratou-se apenas de um susto...

Alguém, ao volante, fez embater, violentamente, lata com lata: não teve importância, salvaram-se os ocupantes e o resto foi o seguro que pagou...

Alguém, ao volante, derrubou um peão fora da passadeira: coisa grave, mas...paciência, quem mandou ignorar regras...

Alguém não pintou os traços brancos transversais na via: não há-de ser nada..., disse-se.

Alguém ao volante, atropelou um peão na passadeira: que fazer? O trânsito é muito e o Governo...

Alguém, ao volante, matou: que maçada!... O defunto era boa pessoas...

Alguém, de novo gritou MORTE, sobre a zebra ou fora dela: ouviram-se ais e comentou-se o caso em família...

Alguém pediu responsabilidades. Alguém, como sempre, respondeu: NINGUÉM!

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