sexta-feira, 10 de junho de 2011

Descentralização na Beira Interior

O Presidente da República está no interior do País. HOJE. Hoje que é Dia de Portugal. E falou de descentralização. Mas, como diria Agostinho da Silva, "vamos ao prático". Em poucos palavras, como o "prático" deve ser.

Sugerir, por exemplo, às autarquias das cidades do distrito de Castelo Branco, onde agora se centram as comemorações, que abandonem o "proscénio" onde, não raro, se situam, e passem a considerar os  respectivos concelhos em toda a sua extensão. Para tudo, mas sobretudo, para as actividades CULTURAIS e SOCIAIS em que se envolvem. Em princípio, bem.

Os concelhos são conjuntos de aldeias, como, por exemplo, Lisboa é de freguesias. O Fundão é cidade, a Covilhã é cidade, como várias localidades no distrito em que se inserem. Mas, a nível concelhio, precisam, devem "arejar", dar vida aos equipamentos que, em muitos casos, ajudaram a financiar - p'rás moscas ...

Esta é que é a verdade. Menos proscénio (já li isto num lado qualquer, ainda que a intrigante despropósito...) e mais descentralização autêntica. Na Beira Interior em que todos queremos ver, muito simplesmente, as Traseiras do Litoral, isto é, uma zona do país ali ao voltar da esquina ...

O que sente quem vive numa cidade como Lisboa, ou lá perto, é que, por exemplo, há câmaras municipais que só descentralizam o que não garante, no mínimo, primeira página nos jornais da região. E isso tem de acabar. É uma fantochada. Não é verdade senhores presidentes das autarquias periféricas? Não basta um abraço de vez em quando (em véspera de eleições, por exemplo), é preciso "obrigar"  toda a gente que o não faz a sair do proscénio político onde, comodamente, se situa vezes sem conto ...

Caros Autarcas das Periferias, se estão de acordo, façam circular a ideia, tornem-na "incómoda", até que deixe de o ser ... Subam ao palco!

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