terça-feira, 13 de abril de 2010

Histórias da pesca


Como era frequente, foi fazer caça submarina.

Andara por lá, nos fundos verdes e azuis do mar, maravilhado como sempre, quando, de repente, se lhe atravessa no caminho, no meio de espécies várias, um rascasse...

Não perdeu tempo, zás! disparou. Disparou, mas...mas a ponta do arpão, essa, levou-a o peixe para longe, "em correria doida".

Desarmado, e desalentado, pela "atitude" do peixe em fuga, desistiu de tudo o mergulhador.

Desistiu, não por falta de ânimo, mas por falta de "munições"...

 A verdade é que o bom mergulhador não desiste. Foi o caso. Voltou três/quatro dias depois, lançou-se, de novo à água e lhe apareceu outra vez um rascasse a desafiar a pontaria.

Zás! Tiro certeiro e rascasse à mercê da sua insistência, bem longe do local da anterior infrutífera tentativa...

Nâo! Desta vez tudo deu certo... Tão certo que, horas mais tarde, na cozinha, se verificou tratar-se do mesmo rascasse do mergulho anterior - que guardara a ponta do arpão para lho devolver à mesa.

Outro foi o peixe que, noutra ocasião, lhe trouxe do fundo o relógio de pulso onde, ainda hoje, triunfante, vê a quantas anda...

Para não falar nos que lhe "deram" taças que, naturalmente feliz, mostra a quem chega.

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