Como é que, tendo estado no Japão no início de 1980, se sintetizam, hoje, na NET, as emoções então vividas no país do Sol Nascente?
"- Sinto uma grande admiração pelos japoneses que proguidem mas não esquecem o que de bom têm as suas tradições... O japonês trabalha com o computador e extasia-se com as flores..."
"-Sim, é verdade, mas há muito de português nos nossos hábitos e maneira de ser..."
Cito-me (peço desculpa...):
"Tudo começa em 25 de Agosto de 1543. Os portugueses viajavam a caminho da China, mas "fustigados pelo mau tempo" vão parar a Tanegashima, no Japão, onde hoje a nossa memória está assinalada por cinco monumentos e um museu. Surge nessa altura a primeira arma de fogo no país do Sol Nascente e, a partir daí e durante largos anos, Portugal não mais deixa de fazer sentir a sua presença até 1630, data em que se verifica a expulsão definitiva dos portugueses, antecedida de massacres com origem em perseguições e na proibição do cristianismo.
Há, portanto, um longo período de interregno de que quase só Wenceslau de Morais, já muito próximo de nós, é excepção."
Entretanto, há palavras portuguesas que passaram a fazer parte do vocabulário japonês: banco, vidro tempero, pão e...e muitas mais. Já lá tivemos os nossos Francisco Xavier, Fernão Mendes Pinto, padre e médico Luís de Almeida...
E surge a pergunta: "será que Portugal, pioneiro nos Descobrimentos, ousado marinheiro nas Tormentas, se esqueceu do Oriente? A resposta, triste, a dar é a que parece: sim!"
Ou não?- pergunto eu, agora que estamos para cá do ano 2000. E deixo a resposta antiga do padre Jaime Coelho, que foi Leitor na Universidade da Sofia, em Tóquio: "Se Portugal produzir e tiver uma administração à maneira da Europa, for uma ponte eficiente de ligação com outros países não europeus e conservar a beleza da sua paisagem e do seu carácter - eu diria, do seu coração - então terá influência cada vez maior no Japão."
O que é que acha "disto" Senhor Presidente da República? Ou que é que pensa deste "desafio", Senhor Primeiro-Ministro?
Por aqui me fico. Não sei, neste meio provocador de resumos, actualizar melhor. Mas se, do que foi dito e escrito, está concretizado o essencial... tudo bem... Podem apagar as dúvidas. Caso contrário, fica aquele pedido quase idiota que aparece nos "mails" que nos enviam em nome de... : "lê e reencaminha para os teus amigos as boas sugestões que possas ter, se queres que não te lixem o juízo..."
É mais ou menos assim - em versão"light"...
* in "Os Portugueses no Mundo", de M.A.
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