Ontem à noite, ouvidos os noticiários e tudo o que tira o sono, ao fechar o estore do meu quarto, reparei que, do lado de fora do vidro, ficara, cativa, uma mosca que nada conseguira afastar.
Hoje de manhã, mal me levantei, abri o dito estore e, com a claridade, lá vi a mosca da véspera. Bati no vidro convencido de que, morta, iria cair. Bati várias vezes e nada ... "Morreu e nem se mexe, está colada ao vidro ..." - enojado, pensei. Voltei a bater. De repente, de repente, a mariola mexeu-se e quando eu esperava a queda, voou, voou e foi, provavelmente, em liberdade, tomar o pequeno almoço que os da limpeza cá da freguesia lhe haviam reservado (a ela e às manas) nos arredores dos caixotes de lixo.
É assim a vida das moscas.Digo eu.
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