Vamos no 10º. Com a certeza de que o importante é o que fica por dizer ou mostrar. No entanto, valendo mais alguma coisa do que nada, aí se testemunha a 10ª presença a contar, a mostrar pequenas passagens do muito que a emoção registou num simples cruzeiro.
Voltamos ao Rio, mas agora ao Rio em festa. Ao Rio centro das Comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil. Ao clima de festa onde o papel de um português vindo da Pátria-mãe é de congratulação por mais uma vela que se acendeu, mas não uma vela qualquer: uma vela grossa de 150 anos de alforria, sem as agruras de certas alforrias ... Melhor dizendo, 150 anos a fazer história contemporânea - o menos turbulenta possível.
Que as imagens aproximem o que as palavras ...Com as palavras de José Hermano Saraiva para reflectir:
"Quando, em 1821, D. João VI, embarcou no Rio para Portugal, o movimento separatista dominava todos os meios intelectuais e económicos do Brasil e a marcha para a independência era um movimento irreversível.
O Brasil contava então três milhões e meio de habitantes, sem contar os índios; em quarenta anos, crescera meio milhão. Quase toda essa população era de origem portuguesa e grande parte nascida em Portugal, porque a emigração na segunda metade do século XVIII foi extremamente forte. A situação económica era de prosperidade e em contraste com a decadência portuguesa. Havia a ideia da superioridade do Brasil em relação à velha metrópole: dizia D. Pedro que era Portugal, "Estado de 4ª ordem e necessidade", que se devia unir ao Brasil, "Estado de 1ª ordem", e não o Brasil que se devia unir a Portugal."
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