sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Parlamento em familia

À particular atenção das lusas televisões

De repente, chegam ao Poder os senhores que, em eleições livres, a maioria votou, é suposto que depois de terem lido programas, pedido esclarecimentos, ignorado um ou outro cartaz, mas percebendo uma parte significativa do que aparece escrito após a eventual consulta ao Dicionário Político das diferentes correntes de opinião... É suposto tudo isto. Como também é suposto, ou melhor, garantido, que, em nome de nada, quase sempre, no meio, terão aparecido os heróis do bota-abaixo, campeões na impressão de cartazes, e grandes criadores de palavras de ordem. A uns a PORCA terá mandado chamar direita; a outros a mesma BÁCORA terá dado instruções para que lhe chamem esquerda. E assim se vive - democraticamente, diz-se. Mas com a natural tentação para ouvir quem mais grita e quem está mais disponível para as passeatas ...

Só que, só que falta aqui, não as "famosas" marcelistas Conversas em Família, mas o esclarecimento sistemático dos porquês de tudo. DE TUDO. É preciso, quiçá, criar, por exemplo, um programa televisivo onde, logo após (ao serão) uma sessão do parlamento, comentadores qualificados e um parlamentar de cada partido apareçam a fazer um debate-síntese do que foi afirmado na Assembleia, por exemplo. Um programa de duas horas, ou mais, onde nada do essencial fique por escrutinar. Para que a Conversa em Família regresse, então sim, plural, como nunca terá sido, estou certo, no tempo da Outra Senhora.

Fora desta ou doutra ideia semelhante, o que vai, o que está a acontecer é cada um gritar para seu lado - mobilizando, com largos dispêndios em energias, cartazes e megafones ... Que talvez permitam desabafar, acredito (e é constitucional) mas resolvem, quando resolvem, muito pouco. Ou nada.

O que, finalmente, aqui, sem pretensões de novidade, se sugere é, por isso, uma espécie de MINI-PARLAMENTO televisivo, comentado no essencial, em horário nobre do dia em que o plenário da Assembleia da República se reuna para dizer coisas ...

Mas pede-se mais, especialmente AQUI: que os blogues de origem portuguesa esqueçam as palavras, mas AFIRMEM a ideia - se concordaram com a finalidade, como é óbvio. 

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