Governo diz que custo com gestão da Reolian é confidencialby Ponto Final |
Sónia Nunes
O gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas e a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) recusam-se a divulgar quanto dinheiro foi gasto pelo Governo para manter as operações da Reolian, a empresa do serviço público de autocarros que declarou falência no final do ano passado. O Governo também não revela qual a estimativa de despesa caso o tribunal autorize que o sequestro da exploração da empresa seja estendido por mais três meses.
“A informação é confidencial”, disse ao PONTO FINAL um porta-voz da DSAT que, num segundo contacto telefónico, acrescentou que o Governo entende que “não é adequado relevar a informação neste momento”.
A Administração assumiu a gestão da Reolian em Outubro do ano passado, depois de a transportadora ter dado entrada com um pedido de falência, por incapacidade financeira para pagar os salários aos trabalhadores. Na operação de sequestro, o Governo ganhou o direito de usar os autocarros, instalações, equipamentos e todas as informações da Reolian e fez uma estimativa de custos. Em seis meses, seriam gastos 114 milhões de patacas para cobrir os custos da transportadora, com uma despesa de 19 milhões de patacas por mês, numa estimativa feita “de acordo com o funcionamento real” da empresa.
Estes valores, esclareceu ontem ao PONTO FINAL o porta-voz da DSAT, correspondem aos custos de operação declarados na altura pela Reolian e não à despesa real que o Governo está a fazer na gestão da empresa. O Governo não respondeu se a despesa executada está acima ou abaixo da prevista.
Antes do pedido de falência, a Reolian fez vários alertas ao Executivo sobre as dificuldades financeiras em manter as operações por não ter recebido o subsídio público às tarifas, dado às concorrentes Transmac e TCM.
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