O supermercado verbal
O senhor Luís era um merceeiro que, nos anos 40 do século passado, vestido a rigor (bata às riscas), exercia a sua função numa loja, em Lisboa, na rua de Santo António, à Estrela. E que, à falta de uma superfície comercial que facilitasse o livre acesso dos seus clientes, directamente, a todos os produtos ao dispor, tinha "uma espécie de supermercado VERBAL". Isto é, mal o cliente se aproximava do balcão do seu acanhado estabelecimento, desatava a enumerar, com grande rapidez, os principais artigos expostos, como que a recordar existências ...
E assim andou até que começaram a aparecer os supermercados e ... e o sr. Luís, não aguentando a concorrência, deixou de gastar a saliva com que poupava passos à clientela e ... e vendia com desembaraço e agrado dos Exmos. Fregueses.
Sugestão actualizada da versão do sr. Luís
Ao sr. Belmiro & Cª com vista à dinamização/humanização do comércio a retalho
Cada vez que um cliente, no supermercado, mexa num artigo exposto, se oiça, envolta em música celestial, uma voz (suave) a recomendar, a sugerir, a compra do produto X ou Y, eventualmente, complementar do pretendido ...
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