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O orador é o polaco Andrzej Olechowski, condiscípulo de Donald Tusk, o novo presidente do Conselho Europeu. A conferência é promovida pelo IEEM.
Cláudia Aranda
Os novos desafios da nova liderança da União Europeia (UE) são o tema da conferência organizada pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), hoje, às 19h, no Instituto de Formação Turística de Macau. O orador da conferência, intitulada “European Union: New Challenges, New Leaders”, é o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-ministro das Finanças da Polónia, Andrzej Olechowski, alguém que “conhece bem os meandros da política europeia”, explicou ao PONTO FINAL José Sales Marques, presidente do IEEM.
Andrzej Olechowski, é co-fundador da Plataforma Cívica, do grupo do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, o mesmo contexto partidário de Donald Tusk, primeiro-ministro cessante da Polónia e novo presidente do Conselho Europeu.
Analistas têm dito que a nova liderança reflecte a “ascendência do poderio germânico”. Tanto Donald Tusk, como Jean-Claude Juncker – antigo primeiro ministro luxemburguês, também do PPE, que sucede ao português Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia, em Novembro – são conhecidos pela proximidade com a Alemanha. Juncker é um “protegido” do antigo Chanceler Helmut Kohl e Tusk é conhecido por tratar Angela Merkel por “tu”. A italiana Federica Mogherini, do centro-esquerda, tida como “pouco experiente”, assume a chefia da Política Externa europeia.
José Sales Marques acredita que, independentemente desta análise, a mudança de administração não deverá pôr em causa as relações da UE com Macau e a China Continental, marcadas por um “grande pragmatismo”.
As relações da UE com Macau têm evoluído “de forma muito amigável e com bons resultados a vários níveis”, diz. “Naturalmente que há expectativas de mais cooperação no âmbito cultural, educacional, mas isso é algo que as partes, estão a trabalhar nesse sentido”, acrescentou. Sobre as relações entre a UE e a China, Sales Marques afirmou estarem a “passar por um momento muito interessante”. “Há muitos novos desafios, há uma agenda de cooperação acordada pelas partes para 2020 e existe uma grande aposta no urbanismo e nas questões do ambiente”, afirmou.
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