quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

MACAU: Passagem de fronteira mais simples


by Ponto Final
1. LAG
Bastará uma inspecção única para os dois lados da fronteira e a identificação poderá ser feita através de máquinas de passagem automática. Falta agora apenas a concertação final com a China Continental.
Rodrigo de Matos
Para atravessar a fronteira entre Macau e Zhuhai é preciso passar por dois postos fronteiriços, em que o cidadão deve identificar-se perante o território de saída e, a seguir, o de entrada. Este processo vai ser simplificado de forma a que uma travessia implique apenas uma operação de identificação “dois em um”, que funcione em simultâneo para as entidades de ambos os lados, explicou ontem na Assembleia Legislativa (AL) o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, durante a sessão de debate sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) de 2016 para a sua área.
“Bastará uma inspecção para os dois lados da fronteira. Estamos a proceder aos estudos necessários para implementar esta medida que vai começar por ser aplicada experimentalmente no posto fronteiriço do Parque Industrial”, avançou Wong Sio Chak, sublinhado a poupança de tempo que isso irá significar para quem cruza a fronteira: “Uma inspecção chega e a pessoa não tem de mostrar o documento duas vezes”.
Idealmente, explicou o governante, “a ideia será ter em funcionamento um sistema semelhante ao das máquinas de passagem automática como as que já temos a funcionar do nosso lado, mas em que basta passar uma vez e a pessoa já se encontra no outro território”.
Para que essas travessias mais simples se tornem uma realidade, falta apenas a palavra final de Pequim, mas o secretário revelou que as conversações estão bem encaminhadas. “Estamos em concertação com as autoridades da China Continental. No dia 14 deste mês, chega a Macau o ministro [chinês] da Segurança e vamos aproveitar para tratar deste tipo de questões”, avançou.
Outra das novidades anunciadas pelo secretário para facilitar a entrada e saída de visitantes será o alargamento dos beneficiários das passagens automáticas. “Estamos a ponderar permitir a utilização da passagem automática a cidadãos de Singapura e da Austrália, por exemplo. Mas isso será sempre adoptado em regime de reciprocidade por isso ainda temos de negociar com esses países”, afirmou.
O secretário aproveitou para responder a uma questão da deputada Angela Leong que se queixou de que as passagens automáticas nas Portas do Cerco não estavam todas a funcionar. “Em períodos de pico, os canais têm de estar todos abertos. Se não é assim, temos de ver isso”, assegurou.

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