domingo, 31 de janeiro de 2016

Águas furtadas


O apontamento é breve, mas, não sei porquê, de repente, assaltou-me, remeteu-me, já não me lembro a que título, para uma reunião na Câmara Municipal de Loures, na época, dirigida por simpático militante comunista Demétrio Alves. O que sei, o que não me esqueceu, foi que estavam presentes alguns, quiçá, dos, aparentemente pelo menos,  mais dedicados representantes de uma certa esquerda ortodoxa que falou, falou e, a dada altura, perante o meu persistente silêncio na discussão em curso, não resistiu, e perguntou-me:

- Porque é que o senhor não fala?

ao que, pronta e espontaneamente, respondi:

- Eu sou o povo ...

Houve na sala um sorriso amarelo e a reunião prosseguiu naturalmente. Mas nunca mais, sorte minha, fui chamado p´ra nada ... Até hoje.

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