No início da década de 80, do século passado, andava Chavez, quiçá, ainda a saber o que fazer, e como..., quiseram os maiorais do meu jornal de então que, devidamente apresentado às autoridades locais, portuguesas e venezuelanas, eu fosse, pelo menos, a Caracas e arredores "saber coisas" acerca da nossa comunidade. Assim foi (como, depois, a muitas outras...).
Preparada a viagem em tudo o que tinha a ver com o lado português, adequadamente credenciado, mal cheguei à capital venezuelana, aproximei-me dos departamentos oficiais do país e...e quase a esmagar-me...
"Diga-nos tudo o que precisa. Esteja à vontade..."
Lembro-me de, então, meio surpreendido, ter equacionado, num ápice, o contexto:
"desconhecimento directo do meio local, Caracas cidade famosa pelos seus perigos, gasolina ao"preço da chuva"...
"Muchas gracias pelo vosso acolhimento. E, então, se não vos parece mal...o que eu precisaria para me sentir à vontade era...era de um carro com motorista...Sabem, não conheço a cidade..."
"Seguramente, bla-bla, bla-bla, bla-bla, foi a resposta imediata. Cordial.
E passei a ter carro com motorista, guarda-costas e, embora feia, uma guia turística a toda a hora...O tempo todo que lá estive.
Até que, num fim de tarde, se deu a anedota: acabei por ir a uma recepção oficial para que o gabinete da presidência da República da Venezuela me tinha mandado convidar - protegido, como andava, por dois guarda-costas, um do meu lado esquerdo, outro do direito. Isto, enquanto o Dr. Rosa Lã, então, na ausência de embaixador, nosso Encarregado de Negócios em Caracas, girava, digamos, desprotegido, no meio do tilintar dos copos...
Rimo-nos.
Entretanto, passados estes anos, estou a ponderar agora nova viagem à Venezuela e, já não estando no activo, sinceramente, não sei que faça: se arrisque ou se escreva ao Chavez a perguntar o que é que ele pode fazer pela minha segurança...
O que é que acham?...
Preparada a viagem em tudo o que tinha a ver com o lado português, adequadamente credenciado, mal cheguei à capital venezuelana, aproximei-me dos departamentos oficiais do país e...e quase a esmagar-me...
"Diga-nos tudo o que precisa. Esteja à vontade..."
Lembro-me de, então, meio surpreendido, ter equacionado, num ápice, o contexto:
"desconhecimento directo do meio local, Caracas cidade famosa pelos seus perigos, gasolina ao"preço da chuva"...
"Muchas gracias pelo vosso acolhimento. E, então, se não vos parece mal...o que eu precisaria para me sentir à vontade era...era de um carro com motorista...Sabem, não conheço a cidade..."
"Seguramente, bla-bla, bla-bla, bla-bla, foi a resposta imediata. Cordial.
E passei a ter carro com motorista, guarda-costas e, embora feia, uma guia turística a toda a hora...O tempo todo que lá estive.
Até que, num fim de tarde, se deu a anedota: acabei por ir a uma recepção oficial para que o gabinete da presidência da República da Venezuela me tinha mandado convidar - protegido, como andava, por dois guarda-costas, um do meu lado esquerdo, outro do direito. Isto, enquanto o Dr. Rosa Lã, então, na ausência de embaixador, nosso Encarregado de Negócios em Caracas, girava, digamos, desprotegido, no meio do tilintar dos copos...
Rimo-nos.
Entretanto, passados estes anos, estou a ponderar agora nova viagem à Venezuela e, já não estando no activo, sinceramente, não sei que faça: se arrisque ou se escreva ao Chavez a perguntar o que é que ele pode fazer pela minha segurança...
O que é que acham?...
Sem comentários :
Enviar um comentário