O quadro de Rubens de que aqui se faz a artesanalmente possível, a partir de um velho diapositivo, entrega à NET, não é uma reprodução concebida sem alma como, por certo, com fins puramente comerciais, o são as algures produzidas numa aldeia dos arredores de Hong-Kong, a dois passos de Macau da nossa simpatia, e transaccionadas por chinas... Eles saberão onde e com quem...
Não! O quadro de Rubens que aparece, no essencial, "reproduzido" neste "blogue" tem, nos traços e no resto, o Amor que tantas vezes falta. E, só por isso, mesmo "quase tosco", vale a pena.
Minha mulher (desculpem-me trazer para aqui a família...), deu-lhe, com saudade de Amiga, a vida que ainda possa ter enquanto encomenda que foi. Mas fez-lhe, fez-nos bem recordar assim a Próxima de Todos e Professora de Muitos.
O original, esse, obra-prima da Humanidade, deverá, entretanto, continuar algures noutro local, com novo, e indirecto, abraço de admiração (o nosso) para lhe sublinhar ainda mais traços delicados e beleza de gestos.
Na fotografia, quase tosca, assim publicada, fica expressa, e pública, a saudade pela Mulher Simples e Boa, que quis ter em sua casa, apenas consigo, a imagem da Mulher rodeada das Crianças que Rubens sabia retratar como poucos.
Em tudo, a admiração por quem "sofria" as aulas que dava... E a enorme saudade da Mulher que sonhava e tinha sempre pressa de ir nunca se soube onde, a não ser para junto daqueles cujas faces se confundiam com a sua forma delicada de existir.
Para todos, aí está a reprodução, da reprodução, da reprodução de um universo herdado para continuar a ser reproduzido enquanto houver rostos sem mácula à volta de ternuras inspiradoras a fixar.
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