quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carta entreaberta de um reformado

Não sei se, com ou sem austeridade, há no Governo alguém que leia blogues ... Deve haver, finjo que acredito. Então aí vai - quase com todas as letras.

Senhores do Governo e afins

Os senhores estão a fazer "as coisas" com o ar mais sereno do mundo, concordemos. Mas já pensaram, por exemplo, no trinta e um que estão a arranjar aos reformados que, tendo trabalhado uma vida inteira, sentem agora um arrepio na espinha sem qualquer hipótese pessoal e laboral de solução?

Se, depois de, por exemplo, quase cinquenta anos de trabalho continuado, lhes começar a faltar dinheiro para o essencial (comer, cuidar da saúde, coisas assim ...), o que é que os senhores recomendam?

Os reformados não têm outras armas que não sejam as da palavra. Os senhores, por este caminho, estão a abusar da situação ... Ou não estão?... Provem com actos. ACTOS.

Os senhores querem que apareça um qualquer Salazar a deitar a mão a isto?

Eu sei que, eu acredito que as vossas economias pessoais, essas, acabariam sempre por permitir a emigração para um qualquer Paris, por exemplo. Mas e nós os que trabalhámos, no duro, como se calhar os vossos paizinhos, o que fazemos?

O que é que os senhores (não quero saber quem ...) fizeram aos nossos descontos para tudo, enquanto trabalhadores?...

Que destino produtivo deram V.Exas. aos dinheiros que receberam de Bruxelas?
Enumerem os cheques e, um a um, digam em público, escrevam, onde o gastaram?

Talvez, talvez os que agora mandam não sejam responsáveis pelo que está a acontecer ... Seja. E nós? Os que, "sem assento parlamentar", pagámos, pagamos a conta?...

Por favor, entendam-se. E não matem à fome os que, de facto, são, foram TRABALHADORES

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