quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Alternativas orçamentais em véspera de Finados

Em véspera de Dia de Finados, que é o último, "desta série", em que não se trabalha, o pessoal que se senta, aqui, no banco da ruadojardim7, mas também do jardim8 e outros, propõe, com humildade democrática e em breve resumo para bons entendedores, o seguinte:

1. Que, sem prejuízo das críticas construtivas que podem e devem ser feitas ao Orçamento de Estado para 2013, ontem aprovado na Assembleia da República portuguesa, os chamados partidos da oposição, isoladamente, ou em coligação de circunstância, façam, com o devido recato, o exercício de um outro plano exaustivo de governação para igual período.

2. Desde que um tal plano

 - possa ter a orientação ideológica que estiver conforme as ideias dos seus autores visíveis;

- faça os levantamentos achados convenientes ao passado político, económico e social do país;

- aplique a filosofia política e de acção que for entendida como a melhor, naturalmente;

- não ande à procura de desculpas para as suas eventuais impossibilidades práticas;

- respeite todos os compromissos de Estado existentes à data da derrota eleitoral do governo anterior;

- não ignore, em particular, as dívidas contraídas internacionalmente na gestão passada de Portugal (apresentando calendário de pagamentos aceite pelos credores);

- ignore pressões internas e externas fora dos acordos publica e internacionalmente assumidos;

- evite qualquer crise social interna;

- liste, e orçamente, os empreendimentos nacionais e locais a empreender na legislatura - ou mais tarde;

- referencie, no plano social, o que vai fazer, sem descurar a estabilidade social e política no país;

- mantenha todas as liberdades consagradas na Constituição da República;

- aceite, à partida, a sua discussão pelos que nele não participaram;

- não obrigue à paralização do país para, serenamente, fazer o seu trabalho - para o qual deve ser estabelecido um prazo, que deverá ser idêntico ao habitual, acrescido de mais um mês ou dois, por força das circunstâncias especiais em que terá que investigar e produzir obra feita para discussão pública;

- no entretanto, ninguém ligado, ou não, ao(s) estudo(s) em causa, se "arme" em antecipado dono da razão.E tudo faça com humildade democrática, sem beliscar o respeito devido a quem trabalha e aos que trabalharam - ou nunca o conseguiram fazer por incapacidades as mais diversas.

 No final, em tantos plenários da Assembleia da República (ou sem ser da República) quantos os necessários, se analisará, em debate aberto, o que há para debater ... Em relação ao que ontem foi aprovado. 

NOTA: devem evitar-se, entretanto, referências críticas a ex-governantes.

Para já, aproveite-se este feriado de 1 de Novembro que, por ser de Todos-os-Santos, e ainda ninguém trabalhar, se presta a uma ampla reflexão. 



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